Demanda nas férias sobe e puxa preços dos combustíveis na RMBH
A demanda maior estimulada pelas festas de final de ano e pelo período de férias, aliada ao encarecimento dos custos de produção do etanol, impactou nos preços dos combustíveis. Na primeira semana de janeiro, em Belo Horizonte e região metropolitana, foram registradas altas de 3,8% no preço da gasolina e de 4,95% na cotação do etanol se comparado com os valores praticados em 23 de dezembro. Conforme os dados do Mercado Mineiro, a diferença dos preços dos combustíveis também é grande entre os postos, podendo, no caso da gasolina, chegar a uma variação de 15,58%.
De acordo com o coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, o movimento de alta dos combustíveis vem sendo sentido desde o dia 20 de dezembro.
“Em Belo Horizonte e região metropolitana, o consumidor tem notado a movimentação intensa dos preços dos combustíveis. Desde 20 de dezembro até agora – cinco de janeiro – tivemos aumentos expressivos e o consumidor está pagando bem mais caro”.
Conforme a pesquisa, feita em 188 postos de combustíveis, entre 3 e 5 de janeiro, o menor preço praticado na venda da gasolina foi de R$ 4,75 e maior de R$ 5,49, o que gera uma diferença de 15,6% entre os postos de combustíveis.
Além dos preços diferentes, na comparação com a pesquisa anterior, feita em 23 de dezembro, o valor da gasolina avançou 3,8% ou R$ 0,18 a mais no período. No intervalo,o valor do litro da gasolina passou de R$ 4,79 para atuais R$ 4,97 na média da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
“De acordo com os postos pesquisados, a alta da gasolina ocorreu em função do aumento do etanol, que compõem a gasolina em 27%”, explicou Abreu.
No período houve um aumento da demanda, contribuindo também para o reajuste dos preços. Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) explicou que nos últimos dias de dezembro, “houve uma alta na demanda por causa das festas de fim de ano e as distribuidoras subiram os preços de venda para os postos. É preciso ainda avaliar a alta dos custos da produção do etanol anidro nas últimas semanas, combustível que compõe o preço da gasolina em 27%”.
Etanol mais caro
Alta também foi percebida nos valores do etanol hidratado. A pesquisa do Mercado Mineiro mostrou uma elevação de quase 5% ou de R$ 0,19 no valor médio do biocombustível, com o preço passando de R$ 3,80, em 23 de dezembro, para R$ 3,99 em 5 de janeiro. Um dos fatores que justificam a alta é a safra de cana-de-açúcar, que caminha para o final.
“Hoje, o menor valor do etanol hidratado é R$ 3,75 e o maior R$ 4,39. Uma diferença de 17% entre os postos. Com a diferença de valores entre os postos, é importantíssimo que o consumidor pesquise os preços e não abasteça nos postos onde o valor estiver acima da média do mercado. Com a pesquisa de preços, ele estimula a concorrência”, explicou Feliciano.
Com o reajuste do etanol, abastecer com o biocombustível se tornou financeiramente desvantajoso frente a gasolina, já que o valor médio encontrado equivale a 80% do combustível fóssil. A média indicada é de 70%.
Já o valor do diesel se manteve praticamente estável entre as pesquisas. Em 23 de dezembro, o valor médio do litro era de R$ 6,39, o volume agora é negociado a R$ 6,41, alta de 0,25% ou de R$ 0,02 centavos. O menor preço encontrado foi de R$ 6,07 e o maior de R$ 7,09, uma diferença de 16,8%.
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