Gastos com setor automotivo em MG chegam a R$ 73,3 bilhões

O segmento automotivo movimentará até o fim deste ano R$ 73,3 bilhões em Minas Gerais, valor que só é superado por São Paulo, com R$ 199,6 bilhões. O total gasto no Estado deve ser 10,55% maior que o computado em 2022 (R$ 66,3 bilhões). Em todo o País, serão R$ 731,7 bilhões, o que representa um crescimento de 9,2% em relação a 2022. Os dados são da Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros há quase 30 anos.
Neste cálculo, são levadas em conta as despesas das famílias referentes a gasolina, álcool, consertos de veículos, estacionamentos, óleos, acessórios/peças, pneus, câmaras de ar e lubrificações/lavagens. Compreende, ainda, aquisição de veículos.
Igualmente em evolução está a frota de veículos (incluindo todos os tipos, entre automóveis, ônibus, caminhões, motos, etc). Enquanto em 2022 o conjunto somava 113,4 milhões, a projeção é que esse número ultrapasse 117 milhões de veículos neste ano.
Do mesmo modo, está a quantidade de comércio e reparação de veículos. De 2022 para 2023, conforme o levantamento, houve um aumento de 5,3% das lojas existentes, totalizando atualmente 909.122 empresas automotivas no Brasil.
Os gastos com o setor automotivo previstos para 2023 de R$ 73,3 bilhões em Minas são superiores aos estimados para alimentação no domicílio, que inclui bebidas, que chegam a R$ 56 bilhões. Neste ano na comparação com 2022, a alta foi de 5,8% (R$ 53 bilhões). No País, a alimentação no domicílio deve chegar a R$ 574,3 bilhões em 2023, alta de 5% frente 2022.
O responsável pelo IPC Maps, Marcos Pazzini, explica que o comportamento do consumidor, que passou a gastar mais com veículo próprio em detrimento até das despesas com alimentação e bebidas no domicílio, começou a ser observado em 2020 e, desde então, vem aumentando a cada ano. “A crescente demanda por transportes via aplicativos e deliveries tanto pelo consumidor quanto pelos trabalhadores justificam essa alta no setor”, diz.
Geral
O consumo da população de Minas Gerais neste ano deve chegar a R$ 682 bilhões, segundo pesquisa IPC Maps 2023. O Estado só perde para São Paulo (R$ 1,855 trilhão).
No País, com base na expectativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2%, as famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 6,7 trilhões ao longo deste ano, o que representa um aumento real de 1,5% em relação a 2022. O desempenho dos 50 maiores municípios equivale a R$ 2,654 trilhões, ou 39,5% de tudo o que será consumido em território nacional.
O potencial de consumo dos 853 municípios de Minas Gerais deve subir de 10,04% do Brasil, que foi a participação 2022, para 10,14% em 2023, ou seja, um crescimento real de 0,93%, o que deve representar mais R$ 6,3 bilhões no bolso da população no Estado.
Ouça a rádio de Minas