Economia

Gerdau avalia investimentos de R$ 5 bilhões para Minas Gerais

Empresa gaúcha já mantém plano de aportes no Estado, que concentra mais de 60% da sua produção
Gerdau avalia investimentos de R$ 5 bilhões para Minas Gerais
Investimentos de cerca de R$ 5 bi anunciado para o Estado em 2019 estão em andamento; Ouro Branco recebeu aportes | Crédito: Divulgação/Gerdau

O grupo gaúcho Gerdau anunciou que está estudando novos investimentos em Minas Gerais. A projeção é aportar mais R$ 5 bilhões no Estado. O valor deverá ser utilizado na modernização e ampliação das unidades mineiras, no aumento do maciço florestal e na geração de energia limpa, principalmente a eólica e a solar. 

Conforme o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, Minas Gerais concentra mais de 60% da capacidade de produção da empresa e está nos planos, ao longo dos próximos anos, ampliar fortemente os investimentos no Estado. 

Werneck reforçou que o pacote de investimento de cerca de R$ 5 bilhões anunciado para o Estado em 2019 está em andamento e boa parte do valor já foi desembolsado para o projeto de ampliação de bobinas a quente em Ouro Branco. Dependendo das condições, um novo pacote deve ser anunciado. O prazo do investimento seria até 2030.

“Nesse momento, estamos discutindo, internamente, um novo pacote de cerca de R$ 5 bilhões a ser anunciado assim que a gente estiver próximo da conclusão desse primeiro. O anúncio vai depender das condições adequadas, mas é uma perspectiva que eu diria bastante provável. Minas Gerais tem se tornado, nos últimos tempos, um ambiente muito propício para se fazer investimentos. O Estado tem avançado de forma sólida em criar as condições para que os investimentos privados continuem. 

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Ainda segundo Werneck, o possível novo pacote de investimentos no Estado deverá seguir o padrão do atual, priorizando os aportes em modernização e expansão das minas para atender as usinas próprias, na ampliação do maciço florestal, em meio ambiente, na mineração segura e em parques solares e eólicos para geração de energia elétrica limpa.

Com o novo aporte, além de produzir apenas para consumo próprio, a Gerdau pretende eliminar o uso de barragens de rejeitos e eventuais danos ambientais causados pela atividade.

Resultados 

Ao longo do primeiro trimestre de 2023, a Gerdau registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,38 bilhões, o resultado ficou 18,8% inferior ao mesmo período de 2022, quando a empresa lucrou R$ 2,94 bilhões. Já na comparação com o último trimestre de 2022, houve avanço de 79,1%. 

No mesmo período, a Gerdau registrou receita líquida de R$ 18,9 bilhões, valor 5,1% superior na comparação com o último trimestre do ano anterior, mas 7,2% inferior ao apurado no mesmo período do ano passado. 

Em relação às vendas, foram 3 milhões de toneladas comercializadas no trimestre, ficando 2,5% menores frente a igual trimestre de 2022. Já na comparação com o último trimestre de 2022, foi registrada alta de 11,5%.

Segundo o CFO da Gerdau, Rafael Japur, o resultado do primeiro trimestre de 2023 é o segundo melhor da série histórica para o período em 122 anos da Gerdau. O resultado só não foi superior ao primeiro trimestre de 2022, que foi considerado excepcional. 

“Sobre a queda frente ao primeiro trimestre de 2022, é importante lembrar que o resultado no início do ano passado foi o melhor da história da companhia. No período, o resultado foi muito expressivo e puxado por resultados fortes na operação da América do Norte e também da operação no Brasil”.

Ainda segundo Japur, naquela ocasião, o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia puxou os preços internacionais para cima, estimulando as exportações. Além disso, no mercado doméstico a economia enfrentava um período de menos incertezas, havia um nível de juros mais baixo e uma inflação sob controle. 

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