Economia

Gerdau reafirma plano de investimentos e otimização de sua operação no Brasil

Plano contempla R$ 7,5 bi de investimentos que estão sendo implementados e acelerados na esteira das medidas do governo federal de aumento da tarifa de importação de aço
Gerdau reafirma plano de investimentos e otimização de sua operação no Brasil
Usina de Ouro Branco | Crédito: Divulgação Gerdau

A Gerdau comunicou o reforço do plano de investimentos e otimização de suas operações no Brasil. A empresa está investindo cerca de R$ 7,5 bilhões no Brasil, sendo aproximadamente a metade desse valor em uma nova plataforma de mineração sustentável e o restante na otimização e modernização de plantas produtoras de aço no País. No total, com os projetos em curso, estão sendo gerados mais de 5 mil empregos apenas nas obras dos diversos projetos.

As recentes medidas do governo federal de aumento da tarifa de importação de aço são fatores preponderantes para essa decisão da Gerdau de continuar e acelerar os investimentos. Os aportes em projetos da companhia abrangem uma gama de iniciativas, desde a modernização de instalações existentes até a ampliação de novas capacidades de produção. Dessa forma, a empresa busca estar preparada para atender a demanda do mercado, ao mesmo tempo que promove a eficiência e a sustentabilidade.

Observando para o recorte Minas Gerais, o Estado hoje recebe parte importante dos novos projetos e investimentos, com R$ 5 bilhões até o final de 2025. Em Ouro Branco, a empresa está com investimento em curso de R$ 1,5 bilhão para ampliação de capacidade, com a instalação no novo laminador de bobinas a quente. A capacidade do laminador de bobinas a quente (BQ) será de 250 mil toneladas por ano e será inaugurado entre agosto e setembro de 2024.

Já no município de Ouro Preto, a Gerdau está com a execução em curso do projeto de mineração responsável. A nova capacidade anual de produção de minério de ferro da empresa na mina de Miguel Burnier, distrito de Ouro Preto, de 5,5 milhões de toneladas, está prevista para entrar em operação no final de 2025. O projeto permitirá à empresa aumentar a competitividade de suas operações e ampliar futuramente sua produção de aço em Minas Gerais. Outra frente importante no Estado está na unidade de Divinópolis, que está com investimento em curso de R$ 50 milhões na modernização da planta.

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A Usina de Divinópolis está recebendo R$ 50 milhões em modernização | Crédito: Divulgação Gerdau

No Ceará, região Nordeste do Brasil, serão investidos cerca de R$ 400 milhões, resultando na criação de 400 empregos no pico das obras. Durante esse período, a usina será temporariamente hibernada, mas retomará suas operações no início de 2026, mais moderna e competitiva.

“Com essas medidas estamos tornando as operações da Gerdau no Brasil preparadas para um novo ciclo de crescimento, com custos mais competitivos e focando em usinas mais eficientes. As recentes medidas tomadas pelo governo federal, de defesa comercial do aço, foram um passo importante para reafirmamos nosso compromisso em investir e olhar para longo prazo no Brasil”, afirma o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck.

O plano de investimento da companhia passa pela otimização dos ativos, maximizando plantas mais competitivas e revisando unidades menos competitivas. Por isso, a empresa está hibernando a usina de Barão de Cocais, em Minas Gerais, que responde por menos de 3% das operações da Gerdau no Brasil. Trata-se de uma operação antiga, com menor nível de atualização tecnológica e com custo alto de produção. Nessa operação, os 450 colaboradores estão passando por um processo humanizado de análise. Uma parte está sendo realocada em projetos e unidades da Gerdau e a parcela que não for, receberá da companhia suporte para recolocação no mercado de trabalho.

Na unidade de Cosigua, no Rio de Janeiro, a Gerdau tem um programa completo de competitividade da planta, com investimentos na casa de R$ 200 milhões. Uma série de investimentos para melhoria de performance e atendimento dos clientes. Essa usina, inclusive, irá absorver boa parte dos produtos que vinham sendo produzidos até então em Barão de Cocais.

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