Gerdau vai investir R$ 185 milhões na usina de Divinópolis

Com investimentos de R$ 185 milhões, a Gerdau iniciou, neste mês, a execução do projeto para a modernização e melhoria dos processos na usina em Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. A maior parte dos recursos, cerca de R$ 120 milhões, será direcionada à modernização dos três altos-fornos, que após a intervenção ganharão maior competitividade. O valor faz parte do pacote de investimentos de R$ 6 bilhões que a Gerdau anunciou, no ano passado, para Minas Gerais.
De acordo com o gerente executivo da usina da Gerdau em Divinópolis, Mauro Castro, a planta tem uma importância muito grande para os negócios da companhia.
“A gente vem, a cada ano, discutindo melhorias e formas de a gente se tornar mais sustentável no longo prazo e também mais competitivo. Pensando nisso, este ano partimos para a execução do plano e o incremento de novas ações buscando competitividade, sustentabilidade e segurança operacional. O plano é bem completo e está atingindo, praticamente, todas as áreas da usina. A usina é completa, integrada, onde temos a área de altos-fornos, aciaria e laminação, além de toda a parte de utilidades. Todas estas áreas estão recebendo investimentos com foco em modernização e melhoria de processos”.
A maior parte das intervenções será feita ao longo deste mês e a previsão é retomar a produção na primeira semana de junho. Com o investimento programado, foi feito estoque para atender a demanda dos clientes durante a parada para a modernização. O principal produto fabricado na unidade são os vergalhões, voltados para a construção civil.
A execução do projeto de modernização vai envolver cerca de 2 mil colaboradores diretos e indiretos, contratados exclusivamente para o processo de modernização da planta. O quadro atual de colaboradores será mantido.
“O planejamento está acontecendo há um ano e a gente acumulou estoques para atender os clientes. Tão logo termine a modernização, pretendemos, já na primeira semana de junho, voltar as operações à normalidade. A paralisação foi programada e planejada e, por isso, conseguimos nos preparar para não ter impacto no atendimento aos clientes”.
Ainda segundo Castro, a maior parte do investimento, R$ 120 milhões, é para os altos-fornos. Ao todo, são três altos-fornos que utilizam biomassa e todos passarão por reforma.
“O alto-forno 2 terá uma reforma bastante completa de todo o sistema estrutural e refratário. No alto-forno 1 e alto-forno 3 serão feitas melhorias para que consigam ter maior competitividade. Na região dos altos-fornos também temos investimentos muito focados na área ambiental, um ponto fundamental da sustentabilidade. Teremos obras de enclausuramento de correias transportadoras para melhoria do controle ambiental, diminuindo a interferência do vento e a emissão de particulados”.
Serão reformados, ainda, o sistema de injeção de carvão vegetal pulverizado (ICP) do alto-forno para reaproveitamento dos finos do biorredutor no processo. O sistema de refrigeração também passará por uma revitalização estrutural.
Novo sistema
A aciaria passará por seis intervenções. Uma das novidades será a instalação de um novo sistema de monitoramento por termografia (temperatura), que permite uma análise em tempo integral das panelas de gusa e de aço. As câmeras possibilitam um melhor planejamento da manutenção dos equipamentos, por exemplo.
Outro eixo do plano é a automação e aperfeiçoamento da performance da laminação. Serão implementados, ao todo, sete projetos. As melhorias buscam otimizar o uso dos recursos e insumos como água e energia e a garantir um processo mais limpo.
“São várias iniciativas e inovações que dão continuidade ao nosso plano de sustentabilidade. Nosso investimento visa o ganho de eficiência energética. Quando fazemos a reforma, incorporamos melhorias nos métodos de produção, o grande vetor que nos orienta é o da eficiência energética. Também haverá investimentos na nossa parte de utilidades, que visa à redução do consumo de água. O nosso objetivo é nos tornarmos mais sustentáveis, competitivos e trazer maior segurança operacional”.
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