Golpes na Black Friday podem crescer 50% neste ano; saiba como evitar!

Já faz tempo que a Black Friday se tornou uma das datas em que o comércio nacional mais vende. Já faz tempo também que surgem diferentes tipos de reclamações relacionadas às promessas generosas do comércio no período. No entanto, para quem quer antecipar as compras de Natal, faltam menos de 20 dias para “uma onda” de ofertas pelas vitrines físicas ou pelo mercado eletrônico. Os especialistas, porém, alertam para a importância da cautela na hora de efetivar a compra.
O coordenador do Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Marcelo Barbosa, enfatiza que o tradicional período de vendas, boa parte das vezes, tornou-se uma “black fraude”, fazendo um trocadilho com o nome comercial da data por conta do expressivo número de golpes registrados.
De acordo com a empresa especialista em soluções antifraude ClearSale, a expectativa é que se tenha uma quantidade de golpes superior a 50% para o período, sendo um cenário predominante no comércio digital.
“Este é um período em que tudo é pela metade do dobro. Ou seja, se o consumidor não tem o costume de verificar nada, ele certamente vai chegar à loja na véspera, quando o estabelecimento vai decidir em aumentar o preço e dar um desconto, e esse mesmo consumidor vai ficar achando que está fazendo um grande negócio. Na verdade não estará! Então, recomendo que o consumidor guarde todos os panfletos, gravações de anúncios e as telas das compras que forem consultadas no comércio eletrônico. Essas são algumas das formas de garantir o exercício para evitar a publicidade enganosa”, elenca Barbosa.
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Produtos em falta
Quem pretende comprar na Black Friday deste ano pode não encontrar exatamente o que procura ou terá que pagar mais caro por alguns produtos. O motivo está no início da cadeia de produção e tem afetado bastante a indústria brasileira. É que faltam matérias-primas e componentes em vários setores, ainda como consequência do cenário de pandemia, que tem reduzido a produção industrial.
O setor de automóveis, por exemplo, é o mercado que mais vem sentindo escassez, assim como ocorre também com a fabricação dos eletrodomésticos, que estão entre os itens mais desejados pelos consumidores durante a data. Celulares, eletrônicos, vestuário e calçados também estão entre as intenções de compra, segundo pesquisa encomendada por uma agência do setor de marketing brasileiro.
O consumidor, antes de fazer qualquer compra, deve fazer, segundo o especialista, três perguntas importantes: “A primeira é se ele tem dinheiro e se esse dinheiro é dele mesmo. Ou seja, não vale cheque especial ou cartão de crédito, pois esse dinheiro não é dele, e sim do banco. Afinal, o uso dessas fontes pode resultar no endividamento”.
“A segunda pergunta é se o consumidor realmente está precisando daquele produto desejado ou não. E, em terceiro, é se a compra realmente tem que ser agora neste momento ou se pode esperar outra oportunidade. Se as respostas forem sim para as três perguntas, ele está autorizado a comprar. Mas se as respostas forem não para alguma delas, o consumidor estará insistindo na compra. Ou seja, ele está dentro de um consumismo”, avalia o coordenador do Procon.
Páginas falsas
Um dos golpes mais recentes identificados no mercado são de criminosos que criam páginas falsas simulando perfeitamente as lojas virtuais de grandes redes do atacado e do varejo. As páginas apresentam layout, cores e logomarcas praticamente idênticas aos sites oficiais de e-commerce. Um dos principais conselhos dos especialistas é conferir se o endereço do site é o mesmo divulgado em outros canais oficiais, dentre eles, o SAC ou perfil do Instagram que tenha o verificador de autenticidade, na cor azul ao lado do nome da loja.
“Antes de realizar uma compra, é muito importante que o internauta verifique a idoneidade da loja e busque analisar se ela tem uma boa reputação em sites como o Reclame Aqui, Ebit, Site confiável ou o próprio Google Maps”, sugere o advogado especializado em defesa do consumidor, Sidney Roberto Filho.
Confira, a seguir, mais 13 dicas para não ser enganado:
- Pesquise a evolução do preço do produto, condições de pagamento com antecedência. Compare se no dia o preço aumentou ou diminuiu;
- Confira se o produto está disponível em estoque antes de efetuar a compra;
- Muito cuidado com sites falsos;
- Suspeite de ofertas muito tentadoras. Se tiver dúvida, ligue para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC);
- Suspeite dos anúncios recebidos por meio de redes sociais, SMS ou WhatsApp;
- Não clique em links recebidos por e-mail, redes sociais ou WhatsApp;
- Negocie somente com lojas virtuais que aceitam pagamento com várias opções de pagamento;
- Não negocie com lojas que só aceitam via PIX ou boleto;
- Grave todas as telas e comunicações eventualmente realizadas com o fornecedor;
- Verifique se o site é seguro conferindo se no canto superior do endereço on-line possui um cadeado. O símbolo significa que a conexão é segura;
- Atualize seu programa antivírus!
- Forneça apenas os dados solicitados pelo site durante a transação, nada mais;
- Exija sempre a nota fiscal!
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