Governador se reúne com setor produtivo

O governador Romeu Zema se reuniu ontem com representantes do setor produtivo do Estado. O objetivo do encontro virtual foi ouvir demandas, colocar o governo de Minas à disposição para o diálogo com as entidades e destacar as medidas adotadas no controle da pandemia de Covid-19, especialmente durante a onda roxa do plano Minas Consciente.
“Estamos aqui para escutá-los. Tudo o que temos adotado junto ao Comitê Extraordinário Covid-19 é ouvindo o setor produtivo. Sabemos que o setor é duramente atingido por essas medidas, mas, neste momento, é uma questão humanitária. Queremos que essa situação dure o menor tempo possível. A contribuição dos senhores é muito bem-vinda e o Estado está disponível e aberto ao diálogo”, afirmou Zema.
O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, destacou o cenário crítico atual e a necessidade de a onda roxa ser executada. “O cenário de Minas mudou nas últimas semanas e, pela primeira vez, a situação abrangeu todas as macrorregiões do Estado com grande crescimento na incidência dos casos e na ocupação dos leitos”, disse.
“Criamos 33 leitos semana passada, recebemos 100 respiradores para abertura de novos leitos, mas o crescimento de casos é maior que a capacidade de expansão do sistema. Por isso é tão importante o sucesso da onda roxa, que será executada enquanto temos uma evolução na vacinação”, completou Baccheretti.
Apoio – Os representantes das entidades defenderam as medidas de restrição impostas pela onda roxa, compreendendo a gravidade do panorama atual.
“O setor apoia amplamente essas medidas mais sérias”, afirmou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas (Faemg), Roberto Simões. Já o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL), Marcelo de Souza, ressaltou a abertura do Estado para o diálogo. “O diálogo é muito importante para nós. Precisamos da economia forte, mas sabemos do momento”, disse, citando a importância de campanhas de conscientização da população e medidas de apoio aos empresários.
José Anchieta, da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), pontuou a necessidade de coibir aglomerações. “O empresariado mineiro tem dado sua contribuição ao máximo, mas é preciso impedir que as aglomerações aconteçam”.
Já o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas (Federaminas), Valmir Rodrigues, citou o momento delicado pelo qual passam os empresários. “Mas estamos sempre buscando o diálogo, conversando com os prefeitos, mesmo recebendo muitas pressões”.
Também participaram da reunião os presidentes da Fiemg, Flávio Roscoe; da Fecomércio, Maria Luiza Maia; do MinasPetro, Carlos Guimarães; da FCDL, Frank Sinatra; da Fetrabalho, Geraldo Magela; do Sindloc, Marco Aurélio Nazaré; da Abrasel, Matheus Daniel; do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato.
Medidas – Na última quinta-feira (18/3), o governador anunciou medidas de socorro econômico a comerciantes e empresários. As informações foram repassadas ontem ao setor produtivo pelo secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico de Minas, Fernando Passalio. Entre elas estão a possibilidade de parcelamento de débitos junto à Cemig e à Copasa e a ajuda às empresas via Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
Alguns pontos estão em negociação e aguardam aprovação de outros órgãos, como a postergação do pagamento do Simples, em análise pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), e a proposta de regularização de dívidas de ICMS, o Refis, em análise pela Assembleia Legislativa de Minas.
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