Economia

Governo central tem superávit de R$ 16,5 bi

Governo central tem superávit de R$ 16,5 bi
Crédito: Bruno Domingos/Reuters

Brasília – O governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou um superávit primário de R$ 16,5 bilhões em abril, divulgou o Tesouro ontem.

No acumulado do ano, o governo acumula superávit de R$ 41 bilhões, melhor resultado para o período desde 2012, quando as contas foram positivas em R$ 73,2 bilhões. O saldo, de acordo com o Tesouro, foi influenciado pela evolução da arrecadação, bem como pela redução “significativa” de despesas relacionadas à Covid-19 na comparação com 2020.

Já no acumulado em 12 meses, o rombo até abril foi de R$ 646 bilhões, equivalente a 7,9% do PIB.

No mês passado, as despesas do governo central, contidas pelo atraso na promulgação do Orçamento de 2021, que prorrogou o anúncio de medidas de enfrentamento à Covid já bem mais modestas que a do ano anterior, caíram 34,4% em termos reais na comparação anual.

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Já as receitas líquidas cresceram 58,8%. O salto refletiu principalmente uma redução substancial da relação de tributos cujo pagamento foi prorrogado pelo governo como medida de alívio às empresas, mas o Tesouro ressaltou que também houve impacto da retomada da atividade.

“É inegável que há componente expressivo da recuperação econômica”, disse o secretário do Tesouro, Jeferson Bittencourt.

Em comunicado, o Tesouro disse que a “dinâmica positiva” da atividade econômica, somada à estratégia de afrouxamento fiscal apenas para medidas relacionadas ao combate da pandemia da Covid-19, tem levado a déficits primários próximos ao piso das estimativas de mercado.

Ainda de acordo com o órgão, as condições favoráveis são representadas, principalmente, pelas taxas de juros de longo prazo, “que determinarão a retomada dos investimentos, a geração de novos empregos e o crescimento sustentável do PIB”.

“Observa-se que, mesmo com um início mais rápido do ciclo de aperto monetário, não houve piora da percepção dos riscos fiscais”, menciona o Tesouro, destacando que desde a primeira elevação de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em março, o risco-país de cinco anos recuou 20 pontos-base.

Em abril de 2020, quando a economia do País já era impactada pelo coronavírus e medidas de fechamento, o governo central registrou déficit primário de R$ 93 bilhões, recorde histórico para o mês. No primeiro quadrimestre do ano passado, o déficit acumulado foi de R$ 95,9 bilhões.

Bittencourt, afirmou que a recuperação da atividade econômica, juntamente ao processo de consolidação fiscal, tem colaborado para registro de resultados fiscais melhores que as expectativas de mercado. (Reuters)

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