Economia

Governo decide manter mistura de biodiesel em 14% a partir de março

A consultoria StoneX revisou sua previsão de aumento anual nas vendas de biodiesel no Brasil após o anúncio do CNPE
Governo decide manter mistura de biodiesel em 14% a partir de março
Foto: Alisson J. Silva/Arquivo DC

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu nesta terça-feira manter a mistura de biodiesel no diesel em 14% a partir de março, em vez de elevar a 15% conforme previsto anteriormente, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

O biodiesel é produzido no Brasil principalmente a partir do óleo de soja.

A consultoria StoneX revisou sua previsão de aumento anual nas vendas de biodiesel no Brasil após o anúncio do CNPE.

Com o mix de 15% a partir de março, a StoneX projetava que as vendas de biodiesel aumentariam em 1,2 milhão de metros cúbicos, totalizando 10,2 milhões de metros cúbicos em 2025. Já com a manutenção dos 14% ao longo de 2025, o crescimento anual das vendas passou a ser visto em 600 mil toneladas, com uma demanda de 9,6 milhões de metros cúbicos.

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Em coletiva de imprensa após a reunião do CNPE, Silveira afirmou que o patamar de 14% será mantido “até posterior deliberação”, que pode ser tomada “a qualquer tempo”.

“O governo do presidente Lula tem uma grande prioridade, é alimentar as pessoas de forma justa e cuidar do preço dos alimentos. Essa é uma prioridade do presidente Lula”, afirmou o ministro, ao justificar a decisão.

A inflação tem sido uma preocupação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que viu recentemente sua aprovação cair aos piores índices de avaliação de todos os mandatos do petista.

A Abiove, entidade que representa as principais processadoras de soja, disse que a decisão de manter os 14% se baseou nos preços do óleo de soja ao consumidor final, para consumo alimentício.

No entanto, segundo a Abiove, os preços do óleo de soja envasado, assim como do biodiesel, já estão em queda, refletindo o cenário favorável da safra recorde de soja.

A Abiove disse ainda que espera que o governo reveja sua decisão “o mais rápido possível”.

(Conteúdo distribuído pela Reuters)

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