Governo do Estado fornecerá EPIs a preço de custo aos municípios

O governo de Minas Gerais vai fornecer aos municípios e hospitais filantrópicos mineiros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a preço de custo. O programa Protege Minas tem o objetivo de abastecer as entidades, que estão encontrando dificuldades em adquirir os materiais para os profissionais da saúde que estão trabalhando no enfrentamento do novo coronavírus.
O governo do Estado também disponibilizou, ontem, a plataforma do programa “Minas Consciente”, com os protocolos para promover a retomada das atividades econômicas durante a pandemia. O governador do Estado, Romeu Zema, afirmou que o protocolo deverá ser usado por tempo indeterminado, podendo estar em vigor ainda nos primeiros meses de 2021.
De acordo com Zema, o programa Protege Minas tornou-se necessário devido à maior parte das prefeituras enfrentarem sérios problemas na aquisição de EPIs. Ele explicou que muitas prefeituras, até pelo porte, têm dificuldade em localizar um fornecedor, em comprar produtos e equipamentos em quantidade e qualidade adequadas e em receber em tempo hábil.
Outro grave problema enfrentado pelas prefeituras e hospitais filantrópicos está relacionado aos preços dos equipamentos de proteção, que subiram de forma significativa devido à pandemia. A estimativa é atender cerca de 170 mil colaboradores de saúde das prefeituras em todo o Estado.
“Para facilitar e para contribuir com as prefeituras, o Estado, através da Secretaria de Planejamento (Seplag) fez uma compra, em grande escala, de kits de máscaras cirúrgicas, gorros, luvas e aventais que serão repassados às prefeituras a preço de custo, condição melhor do que elas estariam adquirindo, em prazo ágil e qualidade assegurada, já que foram considerados fornecedores com homologação”, explicou Zema.
Ainda conforme o governador de Minas Gerais, para que a distribuição aconteça de forma justa, será considerada a quantidade de colaboradores existentes em cada prefeitura para que nenhuma peça em excesso e outra fique em falta. A Defesa Civil ficará encarregada em fazer a logística separando e disponibilizando os produtos.
“Com isso, tenho certeza que o Estado estará contribuindo de forma a assegurar esse fornecimento que tem sido extremamente penoso para grande parte dos prefeitos”.
Protocolos – Zema também anunciou, ontem, que a plataforma com os protocolos de abertura gradual e segura das atividades econômicas já está disponível no site.
“Na Internet, todo prefeito, empresários e o cidadão terão acesso às normas e medidas de segurança necessárias para cada ramo de atividade. Vale ressaltar que fomos muito detalhistas e seguros, o que estamos fazendo em Minas Gerais é com segurança. Se alguém não estiver disposto a cumprir as normas e protocolos de segurança, o melhor é que continue em isolamento. O que nos queremos fazer em Minas, como fizemos até o momento, é que a reativação das atividades econômicas seja extremamente ponderada, segura e feita com muito critério”.
Ainda conforme Zema, o protocolo traz diversas medidas de segurança que devem ser adotadas para evitar a disseminação do novo coronavírus com a retomada das atividades. O protocolo não tem tempo de duração determinada e poderá ser utilizado ainda em 2021.
“Sabemos que o vírus está entre nós e não irá embora nem em 30 dias, nem em 60 e nem em 90 dias. Por isso, precisamos ajustar a nossa sociedade para conviver com o vírus de maneira segura. Nos protocolos, estão medidas de segurança para que as pessoas que vão ao comércio ou a um prestador de serviço tenham a menor chance de se infectar. Hoje, podemos reconduzir a reativação segura. Relembro que não é a volta da normalidade, viveremos uma nova realidade. O protocolo será adotado nos próximos meses e talvez em 2021. É uma mudança de vida que teremos que nos adaptar”, disse Zema.
A decisão de retomada das atividades caberá a cada prefeito, que definirá o momento mais adequado para promover a reabertura do comércio, serviços e retomada das atividades econômicas.
“Nós temos ainda em Minas centenas de cidades que sequer tiveram um caso de coronavírus e muito menos óbito. Cabe ao prefeito, de acordo com a situação da cidade e de acordo com a infraestrutura de saúde da região, tomar a decisão correta no tempo certo. Tomar uma decisão uniforme para todo o Estado seria um erro, porque temos cidades nas mais diversas situações”.
O governador considera que a situação atual de Minas Gerais é segura em relação ao coronavírus. Segundo Zema, apenas 4% dos leitos estão ocupados com casos suspeitos ou confirmados de coronavírus.
“Ainda temos uma grande margem de segurança dentro do Estado. Isto devido às medidas já tomadas no passado e até o momento. Estamos reforçando as nossas medidas de segurança. Acabamos de adquirir – através de recurso que vieram da indenização que a Samarco devida ao Estado – 747 respiradores que chegarão a o longo dos próximos meses”.
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