Green Station está na contramão do fast food

“Menos açúcar, grãos integrais, redução de sódio, zero lactose, orgânicos, sem glúten”, são todos termos que entraram para o vocabulário do brasileiro nos últimos tempos impulsionados por uma onda de alimentação mais saudável. Os excessos de uma vida corrida, cada vez mais urbana de um lado, e os avanços das ciências que conseguem determinar causas de velhas e novas doenças, fazem com que a alimentação saudável e mais natural venha sendo revalorizada nas últimas décadas. Esse cenário dá origem a novos produtos e novos negócios.
As saladerias são um bom exemplo. Na mão contrária dos fast foods – em que a comida padronizada lembra uma linha industrial -, as casas especializadas em oferecer saladas apostam em produtos frescos e na personalização, já que cada cliente monta o seu prato do jeito que preferir. A rede capixaba Green Station, criada em 2015, já tem 45 lojas espalhadas pelo País, sendo 14 em Minas Gerais.
De acordo com um dos criadores da Green Station, Taiguara Moura, a meta é alcançar a marca de 30 unidades no Estado e 80 no Brasil até o fim de 2019. A inauguração mais recente em Minas Gerais foi no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport), em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Já estão em processo de abertura uma segunda unidade em Divinópolis, na região Centro-Oeste; mais uma na Capital, na região da Savassi; e outra no bairro Vila da Serra, em Nova Lima, também na RMBH.
“Trabalhar com alimentos frescos significa uma preocupação muito grande e um investimento muito sério em treinamento. Cada etapa, como recebimento, armazenamento e até a venda é fundamental e o cliente percebe esse cuidado exaustivo como diferencial”, explica Moura.
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A força do nicho de comida saudável é tão forte que as saladerias viraram uma mania nos últimos três anos e empreendimentos do tipo proliferaram principalmente nas capitais. Entretanto, como de costume – a exemplo das paleterias e brigaderias gourmet – as empresas menos estruturadas já começam a deixar o mercado.
“Os aventureiros não sobrevivem no mercado. A operação de uma saladeria parece simples, mas não é. Os franqueados precisam de um bom suporte. Passada essa onda e o pior da crise econômica, saímos fortalecidos, com bons acordos com fornecedores e um excelente sistema de gestão. Quando começamos, com uma unidade perto de uma academia, pensávamos que esse era o nosso público. Estávamos enganados, é muito mais do que isso: são as pessoas que trabalham fora de casa. Também recebemos muitos idosos e a maioria dos nossos clientes é formada por mulheres, sempre mais atentas à saúde do que os homens. E estamos vendo o número de crianças crescendo. Hoje, pais mais preocupados também estão dando uma educação mais saudável aos filhos”, pontua o empresário. (DM)
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