Economia

Greve e eleições impactam resultado de segmento

O ano de 2018 começou com otimismo quanto ao desempenho da economia, mas os resultados ficaram aquém do esperado, cenário que se repetiu nos shopping centers de Belo Horizonte. Essa é a análise do superintendente da Associação de Lojistas de Shopping Centers (AloShopping), Alexandre Dolabella, que pontua que este ano foi muito difícil para o comércio em geral devido à greve dos caminhoneiros, ao período eleitoral e aos altos índices de desemprego. Ainda assim, a projeção é de que os resultados dos shoppings da Capital cresçam 2,5% em 2018 no comparativo com 2017.

Ele ressalta que a paralisação dos motoristas de veículos de carga, em maio, atingiu especialmente os malls, já que normalmente as pessoas vão aos centros de compras com seus carros. Como a greve interrompeu o abastecimento dos postos de combustíveis, muita gente não teve como circular com seus veículos. No segundo semestre, a interferência ficou por conta do período eleitoral.

Por outro lado, segundo ele, os indicadores macroeconômicos – como queda de juros e inflação estável – impactaram positivamente nos resultados.

Para 2019, segundo Dolabella, as expectativas são positivas. “Vamos começar a recuperar devagar. No início, os governos terão que apertar gastos. Mas, no médio prazo, será bom”, diz.

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Vacância – Ele informa que, em 2018, o índice de vacância das lojas de shoppings mineiros já consolidados está em torno de 5%, apresentando queda no comparativo com 2017, quando o índice foi de 12%. Isso ocorreu porque houve negociação entre lojistas e administradores dos centros de compras. Dolabella explica que, normalmente, as taxas cobradas pelas administradoras não deve ultrapassar em 12% o faturamento da loja. Mas, com a queda nas vendas, essa taxa passou a representar aproximadamente 18% do faturamento, o que dificultou o negócio. Algumas administradoras tiveram que negociar com os lojistas. Além disso, os novos contratos passaram a ter condições melhores.

Por fim, Dolabella pondera que, nos novos empreendimentos, a taxa de vacância é maior. “O tempo de consolidação do empreendimento costumava ser de dois anos, mas, com o cenário de recessão, passou a ser de quatro anos”, explica. Além disso, a concorrência vem aumentando. (AAH)

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