Economia

Grupo Energisa anuncia a criação de uma fintech

Grupo Energisa anuncia a criação de uma fintech
Crédito: Divulgação

São Paulo – A Energisa, que controla diversas empresas de distribuição de eletricidade e tem negócios em geração e comercialização, tem preparado a criação de uma fintech para oferecer serviços a clientes, incluindo produtos financeiros.

A chamada Voltz está em fase de desenvolvimento e há no momento um time dedicado à criação de um aplicativo que será usado no relacionamento com o público, disse o presidente da elétrica, Ricardo Botelho, em teleconferência com investidores na sexta-feira (13).

“Tem um leque de soluções que pode vir – de meios de pagamentos de contas, pode ser crédito, pode ser antecipação de recebíveis e pode ser também algum outro serviço de educação financeira. Nosso interesse é explorar esse nicho de mercado”, afirmou ele, sem projetar uma data para o lançamento.

Em paralelo, a Energisa selou uma parceria com o Banco Inter para a venda da energia gerada por usinas solares de sua controlada Alsol, que constrói unidades cuja produção é negociada diretamente para atender à demanda consumidores residenciais ou empresas, em um modelo conhecido como geração distribuída, acrescentou o executivo.

“Nesse modelo o Banco Inter passa a ser um canal de vendas dessa energia. Iniciamos as primeiras vendas no mês de outubro… Vamos dedicar alguns dos parques para esse segmento de pessoas físicas”, afirmou.

O executivo disse acreditar que esse canal de vendas possa ajudar a acelerar a implementação de novos projetos pela Alsol.

Balanço – Na véspera, a Energisa anunciou que registrou lucro líquido recorde de R$ 921,7 milhões no terceiro trimestre de 2020, com significativo avanço de 1.609,6% em relação a igual período do ano anterior.

O resultado foi influenciado pela marcação a mercado dos bônus de subscrição da 7ª emissão de debêntures da empresa, de R$ 348,7 milhões.

Mas mesmo desconsiderando os efeitos não recorrentes o lucro líquido registraria alta de 198,6% na comparação anual, a R$ 636,9 milhões, disse a Energisa.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 1,4 bilhão no trimestre, crescimento de 38,2% no ano a ano.

A Energisa atribuiu os resultados do trimestre a um “crescimento expressivo do mercado nos segmentos residencial e rural, disciplina na gestão de custos e alocação eficiente de capital”.

De acordo com a empresa, o consumo na classe residencial avançou 5,9% no período, enquanto no segmento rural cresceu 9,7%. A classe industrial, que foi muito impactada pelos efeitos da pandemia, apurou alta de 4,1% no trimestre.

O consumo total de energia, considerando os mercados cativo e livre, avançou 0,6% no trimestre, para 8.935,7 gigawatts-hora (GWh).

“Esse resultado apresentou uma reversão ao desempenho observado no segundo trimestre, período de maior impacto das restrições impostas pela pandemia”, afirmou a companhia.

A Energisa encerrou o terceiro trimestre com endividamento líquido de R$ 13,6 bilhões, alta de 5,7% ante igual período de 2019. Os investimentos da empresa recuaram 25,7% no trimestre, para R$ 646,5 milhões. (Reuters)

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