Economia

Após alta abaixo do esperado, Grupo Martins estima crescer 10% no ano

Estimativa é baseada nas vendas em diversos segmentos, sobretudo farma e material de construção
Após alta abaixo do esperado, Grupo Martins estima crescer 10% no ano
CEO Rubens Batista: receita de R$ 7 bilhões em 2024 | Foto: Divulgação Abad

A queda de preço em alguns produtos e desaceleração das vendas em algumas categorias, como produtos de limpeza, frustraram as expectativas do Grupo Martins Comércio e Serviços de Distribuição, sediado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, de fechar o ano passado com alta de 11% no faturamento. Ainda assim, o grupo obteve uma receita de R$ 7 bilhões em 2024, aumento de 5,6% na comparação anual, revertendo a queda registrada em 2023.

O grupo, líder do setor atacadista e distribuidor de Minas Gerais, segundo o ranking Abad/NielsenIQ 2025, tem registrado crescimento de 6% no acumulado do ano, acima das metas estabelecidas pela empresa. Agora, em virtude do segundo semestre, período de consumo mais aquecido que a primeira metade do ano, a expectativa é similar ao ano passado. A empresa espera fechar o ano com alta de 10% na receita.

A estimativa é baseada nas vendas em diversos segmentos, especialmente farma e material de construção, em que ambos têm alta no desempenho mensurada em porcentagens na casa dos dois dígitos, revela o CEO do Grupo Martins, Rubens Batista, em entrevista ao Diário do Comércio, durante a 44ª Convenção Nacional e Anual do Canal Indireto, realizada pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) em Atibaia (SP).

“Temos também o eletro que cresce um pouco menos e o varejo alimentar, que cresce basicamente em linha com a inflação, um pouco mais, é um negócio já mais estruturado. Então, a gente acha que o resultado final vai ser em torno de 10% de crescimento em 2025 sobre 2024”, declarou.

Além dos canais farmacêutico e da construção civil, o seu marketplace, onde outros vendedores (sellers) utilizam sua plataforma de e-commerce, também tem sido fundamental para o crescimento do empreendimento atacadista distribuidor neste ano. A categoria corresponde por entre 6% e 7% do faturamento do grupo e deverá terminar o ano com uma participação de 9%.

O grande desafio do ramo atacadista distribuidor, destaca Batista, é conseguir equilibrar o volume de vendas com a margem obtida em cada produto. A empresa não pode deixar de ter grande escala nas vendas, ao mesmo tempo, também não pode se dar ao luxo de abrir mão de uma margem relevante entre o custo e o valor do produto vendido.

“Esse é o nosso desafio diário e a gente tem trabalhado nesse sentido. Esse ano, como também o ano passado foi assim, não queremos perder volume, mas também não podemos abrir muito mão de margem. Então, a gente também trabalha com os fornecedores, ou seja, se algum fornecedor está caindo mais a margem, a gente vai para um fornecedor que a margem está melhor. A gente faz uma gestão de mix (de produtos)”, explica.

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