Grupo Martins estima crescer 11%

Impulsionado pela retomada das vendas nos segmentos Casa & Construção (C&C) e varejo alimentar, o Grupo Martins Comércio e Serviços de Distribuição, sediado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, estima fechar o ano com crescimento em torno de 11% no faturamento, revela o CEO do empreendimento atacadista distribuidor, Rubens Batista Junior, durante a 43ª Convenção Anual do Canal Indireto, em Atibaia, no interior de São Paulo. A convenção é realizada pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad).

Ele afirma que essa retomada é importante, já que, em 2023, as categorias em geral sofreram deflação e trade down, quando o cliente troca marcas mais caras por mais baratas. “Isso fez com que os preços médios caíssem. A gente está vendo isso mudar um pouco”, aponta Batista Jr.

O Grupo Martins é líder do setor atacadista e distribuidor de Minas Gerais, segundo o ranking Abad/Nielsen IQ 2024, e faturou R$ 6,7 bilhões em 2023, queda de 5% em relação ao exercício anterior.

Desde o ano passado, a empresa adotou como estratégia aumentar a participação na cesta de compras do pequeno varejo. O CEO esclarece que o grupo tem dois caminhos no e-commerce para este plano: aprimorar o 1P, sua plataforma de vendas on-line, e acelerar o 3P, seu marketplace, onde outros vendedores (sellers) utilizam sua plataforma.

Hoje, o 1P representa 95% do faturamento do Grupo Martins e a participação do 3P no grupo atacadista distribuidor cresce acima de dois dígitos por mês. “Acreditamos muito que não é só as vendas que fazemos, mas o que é transacionado na nossa plataforma também pelo sellers“, afirma Batista Jr. “Estimamos crescer alguma coisa em torno de 10%, 11% para esse ano”, completa.

O aprimoramento do 1P se dará com a implementação de novas categorias de produtos e aumento de fornecedores, sem perder o contato com os atuais fornecedores da empresa.

Já o 3P será acelerado com a logística de última milha – quando o produto chega até a porta do cliente final – ofertada pelo Grupo Martins aos sellers. O CEO disse que o crescimento do 3P no grupo atacadista distribuidor mostra a assertividade da decisão de investir nessa seara e que há espaço para crescimento.

A estimativa de evolução da empresa em 2025 ainda não está definida, mas o CEO revela que deve ser estabelecida entre 12% a 15%, calcada no aumento expressivo do 3P. O desafio agora, aponta Rubens Batista Junior, é ter disciplina para a execução da estratégia. “Uma vez que você definiu sua rota, sua direção, você não pode esmorecer. É claro, fazer os ajustes necessários de acordo com o momento, com a circunstância, mas não esmorecer, ter disciplina para executar aquilo”, finaliza.