Grupo Supernosso avalia expansão em Minas e para outros estados no próximo ano

O Grupo Supernosso deve decidir, no início do próximo ano, se fará a expansão de seu supermercado premium, de nome homônimo, e de sua rede de atacarejo, o Apoio Mineiro, para cidades do interior de Minas Gerais ou em regiões metropolitanas de outros estados do País. Além disso, também é estudada a expansão da atuação para outros estados da Decminas, braço do grupo no segmento de distribuição.

A expectativa do conglomerado empresarial é fechar o ano de 2025 com um crescimento de 12% no faturamento, com alta registrada no desempenho de todas as empresas da holding.

Em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio durante a 44ª Convenção Nacional e Anual do Canal Indireto, realizada pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) em Atibaia (SP), o CEO do grupo, Euler Nejm, afirma que o Grupo Supernosso está com um plano arrojado de crescimento, mesmo em meio a um ano considerado desafiador para os setores de atacado, varejo e de distribuição.

“Diz que é na dificuldade que aparece oportunidade. E eu estou acreditando muito nessas oportunidades que têm surgido, e a empresa, eu me sinto preparado para aproveitar exatamente essas oportunidades e dar continuidade ao nosso crescimento”, declara.

No caso da distribuidora do Grupo Supernosso, que já atua no estado da Bahia, os estudos são para expansão em outros estados. Já para o Supernosso e o Apoio Mineiro, cujas lojas são concentradas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), os estudos de expansão estão em fase final. “Os estudos (do Supernosso e Apoio) são para a decisão se vamos ampliar para o interior (de Minas) ou se vamos atuar em outros estados. É uma coisa ou outra”, explica Nejm.

Anteriormente, o CEO do grupo já havia revelado ao Diário do Comércio que Uberlândia e Uberaba, no Triângulo Mineiro, e Juiz de Fora, na Zona da Mata, estavam entre as cidades mineiras avaliadas para uma possível expansão do supermercado premium pelo potencial de desenvolvimento econômico e pela concentração do maior público-alvo da marca, as classes A e B, com maior poder aquisitivo.

O empresário avalia o crescimento como uma “necessidade de sobrevivência” de empresas dos setores atacadista, varejista e distribuidor. Além do resultado do Grupo Supernosso como um todo, o negócio de cada empresa do conglomerado, especificamente, tem que crescer. “Temos que ser seletivos, fazer boas escolhas, porque o que combina para uma empresa, às vezes não é aplicável na outra. Então, cada uma tem que se adequar à realidade”, argumenta.

Nejm destaca que a elevação da taxa básica de juros (Selic), o aumento dos custos e o panorama macroeconômico do País, além de fatores do cenário global, como guerras em diferentes partes do mundo, que impactam indiretamente o consumo e, consequentemente, os negócios do Grupo Supernosso, têm desafiado toda a cadeia produtiva do setor de autosserviço e distribuição em 2025.

Ainda assim, a expectativa do conglomerado empresarial é de fechar o ano com um aumento de 12% no faturamento, desempenho que tem sido alcançado no acumulado do ano, em geral, pelas empresas do Grupo Supernosso.

“Algo que eu considero bom para um ano desafiador, praticamente o dobro da inflação, e isso está sendo comum em todos os canais que atuamos, essa média de 12%”, disse Nejm.