Guedes garante expansão anual de até 3,5% na próxima década caso Bolsonaro vença

O ministro da Economia, Paulo Guedes, enalteceu, em encontro com representantes de diferentes setores produtivos mineiros, nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, o trabalho do governo de Jair Bolsonaro (PL). Guedes elencou uma série de medidas e ações adotadas nos últimos quatro anos e garantiu que a economia brasileira vai continuar a crescer. “Se nós ganharmos, vão ser dez anos de crescimento de 3% a 3,5%”, declarou.
Às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, que ocorre no próximo domingo (30), o economista tem cumprido intensa agenda Brasil afora. O movimento ocorre após uma série de especulações envolvendo o salário mínimo e o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em caso de reeleição de Jair Bolsonaro. As notícias repercutiram negativamente e têm causado mal estar na campanha do atual presidente.
Guedes já iniciou seu discurso falando para as pessoas não acreditarem no que chamou de fake news, em referência a essas especulações.
“Se nós demos aumentos para salário mínimo, para aposentadorias e benefícios durante a tragédia e a guerra, agora que a pandemia foi embora nós vamos dar um aumento acima da inflação”. Segundo ele, o plano econômico que defende é conhecido por todos. “O que nós estamos fazendo é o que vamos continuar fazendo. (…) Não tem nenhum Plano Guedes. Nenhum plano secreto“, garantiu.
Ministro nega alta de impostos
Guedes também negou as declarações de que haverá aumento de impostos em um eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro. E citou o inconfidente Tiradentes para dizer que não haverá aumentos.
“Quando o imposto chegou a 20%, ele se levantou, disse chega e falou contra o quinto dos infernos. Ele foi o primeiro a se rebelar contra o aumento dos impostos. Nós estamos diminuindo os impostos, como vamos aumentar?”.
Por fim, o ministro criticou o ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles e voltou a se queixar da forma como o teto de gastos foi construído.
O evento foi promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e outras entidades de classe e visava justamente a apresentar as perspectivas para o cenário econômico nacional, mas acabou se concentrando mais no tom político. Após o evento, Guedes seguiu para reunião com lideranças empresariais na sede da Fiemg.
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