Haddad diz que terá reunião “conclusiva” com Rui Costa na 4ª feira

Brasília – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que irá discutir na quarta-feira com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o novo acarbouço fiscal, em uma reunião que será “conclusiva”.
“Como o ministro Rui teve leves problemas de saúde e permaneceu na Bahia, deixamos para amanhã a reunião sobre o arcabouço fiscal para verificar a possibilidade de ele poder participar”, disse Haddad. “Será amanhã, presencialmente ou virtualmente, com o ministro Rui, e é uma reunião que será conclusiva sobre o arcabouço”, disse Haddad.
O ministro pontuou que a lei que estabelece o arcabouço tem como prazo para encaminhamento o dia 15 de abril, já que ela tem que estar compatível com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Mas isso não nos impede de já dizer qual vai ser a nova regra do novo arcabouço fiscal”, afirmou.
Haddad falou na entrada do Ministério da Fazenda após retornar de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do crédito consignado, dizendo ainda que uma decisão sobre essa questão será tomada nesta tarde.
Segundo o ministro, o comprometimento da renda em operações com o consignado será discutido com o governo.
Haddad fez também comentários sobre a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, publicada na manhã desta terça-feira.
Conforme Haddad, a ata da reunião do colegiado, que manteve na semana passada a Selic (a taxa básica de juros) em 13,75% ao ano, está em linha com o comunicado.
Ao mesmo tempo, o ministro afirmou que a ata veio com termos mais condizentes com as perspectivas futuras de harmonização entre as políticas fiscal e monetária.
O comunicado da semana passada, na visão de boa parte do mercado financeiro e do próprio governo Lula, adotou um tom duro – ou hawkish, no jargão do mercado – ao tratar da inflação. A leitura é de que o BC deixou pouco espaço para corte de juros no curto prazo, o que vem gerando críticas dentro do governo.
Aos jornalistas nesta terça-feira, Haddad afirmou que o BC também precisa “ajudar” e que a economia é um organismo de dois braços (o fiscal e o monetário).
“Acredito que (a ata do Copom) está em linha com o comunicado. Mas, da mesma forma que aconteceu no Copom anterior, a ata, com mais tempo de preparação, veio com termos, eu diria, mais condizentes com as perspectivas futuras de harmonização da política fiscal com a política monetária, que é o nosso desejo desde sempre”, firmou.
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