Streaming cresce e TV a cabo perde espaço em Minas; veja dados do IBGE

O número de casas com acesso a serviços pagos de streaming de vídeo cresceu em Minas Gerais em 2024. Já o interesse por TV por assinatura caiu no mesmo ano no Estado. Os resultados são do suplemento anual de Características de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Pnad Contínua, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O aumento na presença de plataformas de streaming foi de 1,6% ante 2023 em Minas. Em números objetivos, do total de lares mineiros com televisão (7,71 milhões de casas), 43,1% (o que equivale a 3,33 milhões de residências) contavam com acesso a serviço pago de streaming de vídeo em 2024.
A alta foi ainda maior quando são comparados os dados de 2024 com 2022, primeiro ano em que o levantamento sobre o tema foi feito pelos pesquisadores da Pnad Contínua. De acordo com o IBGE, o crescimento de casas com TV com streaming de vídeo foi de 2,4% nesse período de dois anos.
Minas está abaixo da média nacional em acesso a streaming
Apesar do crescimento do streaming no Estado, Minas segue abaixo da média nacional no acesso a serviços de veiculação via internet: no País, 43,4% dos 75,18 milhões de domicílios com televisão contavam com plataforma sob demanda (contra 43,1% de Minas).
No Brasil, o Distrito Federal foi o território com maior presença de serviço pago de mídia sob demanda: 55,9% dos imóveis residenciais contavam com pelo menos uma plataforma. Já o Piauí apresentou o menor índice: 24,7%.
Presença de TV por assinatura cai em Minas
O serviço de TV por assinatura, que dá acesso a um número variado de canais exclusivos, perdeu força em 2024. Conforme o IBGE, das 7,71 milhões de casas com televisão em Minas, 25,8% dos domicílios (o que corresponde a 1,99 milhão de casas) assinavam o serviço. Um ano antes, o percentual era maior: 26,7% em 2023.
A Pnad também divulgou que o pico de assinantes da série histórica iniciada em 2016 no Estado foi registrado em 2018, quando 37,1% das residências com televisão contavam com o serviço a cabo.
Público passou a achar TV por assinatura desinteressante
O IBGE também investigou os motivos que impediam a contratação de TV por assinatura nos domicílios com televisão. Os resultados mostram que, em Minas, de 2016 a 2024, houve mudança na motivação: até 2019, o fator principal era o preço alto, elencado por 50,5% dos entrevistados.
Já a partir de 2021 (em 2020, devido à pandemia de Covid-19, não houve levantamento), o motivo maior passou a ser a falta de interesse, com 46,1%.
Ouça a rádio de Minas