Economia

Ibovespa fecha com alta tímida com suporte da Vale

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,16%, a 130.240,55 pontos
Ibovespa fecha com alta tímida com suporte da Vale
Foto: Reprodução Adobe Stock

São Paulo – O Ibovespa fechou com uma alta tímida nesta quinta-feira, mas confirmando o sexto sinal positivo seguido, encontrando suporte principalmente nas ações da Vale antes do resultado da mineradora, enquanto Petrobras e Weg pressionaram negativamente.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,16%, a 130.240,55 pontos. Na máxima do dia, chegou a 130.829,45 pontos. Na mínima, a 129.970,8 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,4 bilhões.

Wall Street teve uma sessão mais positiva, em performance embalada pela euforia com os resultados e perspectivas da Nvidia, enquanto dados dos Estados Unidos mostraram uma atividade econômica ainda robusta. O S&P 500 subiu 2,11%.

Na visão do CEO da Box Asset Management, Fabrício Gonçalvez, foi um dia agitado, com a repercussão benigna no exterior aos números da Nvidia trazendo um efeito positivo à bolsa paulista, mas com a cena corporativa nacional também fazendo preço na B3.

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Ele chamou a atenção para o efeito positivo de Vale, mas também para o desempenho de operadoras de telecomunicações e do Assaí, que reportou balanço, enquanto destacou as quedas de Petrobras e Weg, assim como de GPA após o resultado trimestral.

Para Alex Carvalho, analista da CM Capital, o Ibovespa também refletiu movimentos específicos de algumas ações, como Braskem, em meio às expectativas sobre a saída da Novonor do controle, e Weg, que ajustou parte da alta da véspera, além de GPA, que teve uma forte queda após o resultado.

Ele ainda citou os reflexos de Nvidia, avaliando que ajudaram papéis de tecnologia no pregão brasileiro, embora Wall Street tenha mostrado um desempenho mais forte.

Destaques

  • VALE ON subiu 1,07%, a R$ 67,22, antes de divulgar resultado trimestral após o fechamento do mercado, com agentes também atentos a eventuais notícias relacionadas ao comando da mineradora. Também no radar esteve a suspensão de licenças de duas minas da empresa no Pará e acordo da companhia com a Anglo American para adquirir 15% de participação no complexo Minas-Rio. Na China, contrato futuro de minério de ferro mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou o dia com queda de 1,49%.
  • PETROBRAS PN recuou 0,75%, a R$ 42,19, descolada da alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou com elevação de 0,77%, a US$ 83,67 No começo da semana, as ações da companhia renovaram máximas históricas. Mesmo com a queda nesta sessão, os papéis ainda sobem mais de 4% no mês. Investidores estão na expectativa do anúncio de dividendos da estatal, que reporta seu balanço do último trimestre no dia 7 de março.
  • WEG ON fechou em queda de 3,17%, a R$ 35,47, em meio a ajustes após salto na véspera na esteira do resultado trimestral acima das previsões de analistas, com anúncio de dividendo complementar bilionário. A companhia realizou teleconferência com analistas nesta quinta-feira, na qual, entre outros pontos, reiterou que seu plano de investimentos para 2024 não mudará mesmo após a incorporação de negócio comprado recentemente.
  • BRASKEM PNA avançou 6,35%, a R$ 20,60, com o papel ainda suscetível a expectativas relacionadas à venda da participação da Novonor, ex-Odebrecht, na petroquímica. Novonor detém participação de 50,1% no capital votante da Braskem e de 38,3% no capital total. A Petrobras tem 36,1% do capital total da Braskem e 47% do capital votante da empresa.
  • MAGAZINE LUIZA ON valorizou-se 7,65%, a R$ 2,11, em dia de recuperação após duas quedas seguidas, período em que acumulou declínio de mais de 6%. Na mesma toada, CASAS BAHIA ON encerrou com elevação de 4,68%, a R$ 8,95.
  • GPA ON caiu 6,79%, a R$ 3,98, em meio à análise do prejuízo líquido consolidado de R$ 303 milhões no quarto trimestre do ano passado do varejista, divulgado no fim da noite de quarta-feira, em resultado que mostrou despesas avançando em ritmo mais rápido que as receitas ante o mesmo período de 2022. Considerando as operações continuadas do grupo, a companhia teve prejuízo líquido de R$ 87 milhões. Nos primeiros negócios, o papel chegou a subir a R$ 4,46.
  • ASSAÍ ON avançou 3,56%, a R$ 14,83, após divulgar que seu lucro líquido recuou 26,8% ano a ano no quarto trimestre, para R$ 297 milhões, pressionado pelo resultado financeiro. Ainda assim, ficou acima da expectativa média de projeções de analistas compiladas pela LSEG, de R$ 286,2 milhões.
  • ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,57%, a R$ 34,16, enquanto BRADESCO PN subiu 0,57%, a R$ 14,00.
  • LIGHT ON, que não faz parte do Ibovespa, recuou 4,52%, a R$ 5,49, após a elétrica divulgar na noite de quarta-feira os termos e as condições que vêm sendo negociadas com seus principais credores para construir uma nova proposta no âmbito da recuperação judicial. A companhia disse que houve melhora “drástica” em relação à proposta inicial e que não haverá haircut de sua dívida, que soma R$ 11 bilhões.

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