Economia

Ibovespa amarga 3º pregão seguido em queda

Ibovespa amarga 3º pregão seguido em queda
#Economia| Imagem: Pexels / Arte: Will Araújo

São Paulo – O Ibovespa fechou em queda pelo terceiro pregão seguido ontem, um dia após o BC desfazer o compromisso de não elevar a Selic, com a percepção de maiores riscos fiscais e políticos, além da situação difícil da pandemia de Covid-19 no País, abrindo espaço para realização de lucros.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 1,1%, a 118.328,99 pontos, afastando-se ainda mais da máxima histórica registrada mais cedo no mês, quando superou 125 mil pontos pela primeira vez. O volume financeiro somou R$ 31,1 bilhões.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a Selic em 2% ao ano como esperado na véspera, mas retirou de seu comunicado o forward guidance (orientação futura) adotado em agosto.

Com o forward guidance, o Copom tinha se comprometido a não elevar os juros até que as expectativas e projeções de inflação se aproximassem das metas no horizonte considerado relevante para a política monetária (até 2022) e contanto que o governo mantivesse seu regime fiscal.

Em paralelo, a falta de um calendário de vacinação no País, com esperados atrasos na entrega de vacinas, segue adicionando incertezas na retomada da economia e abrindo espaço a especulações sobre a prorrogação do auxílio emergencial criado em meio à pandemia, o que preocupa do lado fiscal.

Ontem, em linha com discursos de candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que disputa o comando do Senado, disse à Reuters ser necessário retomar a discussão sobre um auxílio aos mais necessitados diante da crise com o coronavírus.

Para os analistas da Mirae Asset Fernando Bresciani e Pedro Galdi, o Ibovespa ainda pode seguir pressionado com ruídos políticos e falta de vacina e preocupação do lado fiscal.

A proximidade de um fim de semana prolongado, com feriado na cidade de São Paulo na segunda-feira, que fechará a B3, foi mais um componente, na visão do sócio e líder de renda variável da BlueTrade, Patrick Johnston, a endossar vendas de ações na bolsa paulista na sessão de ontem. (Reuters)

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