Ibovespa atinge patamar histórico e dólar recua
São Paulo – O bom humor no mercado internacional e as perspectivas otimistas em relação ao governo eleito do Brasil levaram o Índice Bovespa à sua terceira alta consecutiva na quinta-feira, com a qual atingiu novo recorde histórico. O índice fechou com ganho de 1,14%, aos 88.419,05 pontos, superando o recorde anterior, de 87.652,65 pontos, registrado em 26 de fevereiro. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 3,15%.
As bolsas de Nova York exerceram influência sobre o mercado brasileiro durante praticamente todo o pregão, inclusive nos momentos de fraqueza, pela manhã, quando o Ibovespa chegou a cair 0,38%. O impulso mais forte veio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apontando para uma possível aproximação da China. Pelo Twitter, Trump disse que teve uma conversa “muito boa” com o presidente chinês, Xi Jinping.
Internamente, o destaque do dia foi a nomeação do juiz federal Sérgio Moro para o futuro superministério da Justiça. Inicialmente, a notícia teve impacto neutro sobre os negócios, com avaliações positivas e negativas sobre o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
“O cenário internacional ajudou bastante, embora as ações da Petrobras tenham sofrido forte desvalorização”, disse Pedro Guilherme Lima, analista da Ativa Investimentos. “No cenário político, a notícia sobre Sérgio Moro foi bem recebida, embora não tenha impacto algum na economia. O mercado possivelmente veja na nomeação dele um indicativo de maior popularidade do novo governo, o que elevaria as chances de aprovação da reforma da Previdência”, disse.
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Além de operações pontuais de realização de lucros, a alta acabou por ser limitada pelas perdas das ações da Petrobras (-1,81% na ON e -1,09% na PN), influenciadas pelas fortes perdas dos preços do petróleo.
Entre os bancos, o dia foi de ganhos expressivos, com alguns papéis repercutindo seus resultados trimestrais. Bradesco ON e PN subiram 5,26% e 5,71%. Já as units do Santander caíram 0,95%
Dólar – O dólar começou novembro em queda, mesmo após ter recuado 8% em outubro, a maior desvalorização em 28 meses. Com a moeda americana perdendo força de forma generalizada ante divisas de emergentes, o dólar terminou o dia aqui em baixa de 0,82%, aos R$ 3,6979, perto das mínimas do dia.
A moeda americana operou em queda durante todo o pregão, batendo na máxima de R$ 3,7133 (-0,40%) e na mínima de R$ 3,6802 (-1,29%). Na semana, acumulou alta de 1,24%. (AE)
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