Economia

Ibovespa tem maior ganho no ano e dólar fecha em queda

Ibovespa tem maior ganho no ano e dólar fecha em queda
Moeda norte-americana teve recuo de 2,86%, o maior desde julho de 2017 - Marcelo Casal Jr/Abr

São Paulo – O Ibovespa encerrou a sexta-feira (21) em alta e registrou o maior ganho semanal do ano, refletindo a melhora do ambiente externo com o alívio das preocupações sobre o embate comercial entre Estados Unidos e China, enquanto agentes do mercado continuam especulando sobre o desfecho da corrida eleitoral brasileira.

O principal índice de ações da B3 avançou 1,7%, a 79.444,29 pontos, maior patamar de fechamento desde 7 de agosto. Na máxima do dia, o indicador alcançou 80.001,60 pontos. O volume financeiro atingiu R$ 13 bilhões.

Após duas semanas de perdas, o Ibovespa acumulou alta de 5,32% na semana, melhor resultado do ano, superando levemente o ganho de 5,31% apurado na semana encerrada em 26 de janeiro.

Em Wall Street, o S&P 500 e o Dow Jones chegaram a renovar máximas históricas, apoiados pela alta de ações de energia com o avanço do petróleo, em sessão marcada por ajustes em índices setoriais e vencimentos de opções e futuros de índices e ações. No final da sessão, o S&P 500 caiu 0,04%.

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Em nota, a equipe da consultoria de investimentos Lopes Filhos atribuiu o viés mais positivo nos mercados acionários globais a uma menor preocupação com os conflitos comerciais entre China e Estados Unidos.

Na sexta-feira, uma autoridade de alto nível da Casa Branca afirmou à Reuters que está otimista sobre o caminho à frente com a China no comércio, embora o governo de Donald Trump não tenha uma previsão de data para anunciar o retorno à mesa de negociação.

O analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos, também chamou a atenção para a entrada líquida de capital externo no segmento Bovespa nos últimos dias, avaliando como mais um fator para a melhora do desempenho nesta semana.

Entrada líquida – Dados da B3 até o dia 19 de setembro mostram saldo líquido de estrangeiros de R$ 335,4 milhões em setembro, sendo que apenas nos quatro pregões até a última quarta-feira houve entrada líquida de mais de R$ 1 bilhão.

Outro fator que repercutiu favoravelmente na bolsa paulista foi a pesquisa XP/Ipespe, particularmente as simulações de segundo turno, com melhora de Jair Bolsonaro, do PSL, disse o chefe da área de renda variável da corretora de um banco em São Paulo.
O levantamento mostrou, na sexta-feira (21), que o candidato do PSL à Presidência manteve a liderança nas intenções de votos para o primeiro turno, enquanto Fernando Haddad (PT) assumiu a segunda posição de forma isolada.

Em simulações de segundo turno entre os dois candidatos, Bolsonaro apareceu com 41%, ante 40% na pesquisa anterior, e o petista manteve os 38%. “A pesquisa XP ratificou polarização entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, com o capitão da reserva à frente do petista no segundo turno, dentro da margem de erro”, disse o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, acrescentando que o mercado seguirá atento às sondagens eleitorais.

Dólar em queda – O dólar recuou pela terceira sessão consecutiva e fechou no menor patamar em um mês na sexta-feira, abaixo de R$ 4,05, com os investidores desmontando apostas na alta da moeda norte-americana.

O dólar recuou 0,59%, a R$ 4,0477 na venda, acumulando na semana retração de 2,86%. Foi a maior queda semanal desde a semana encerrada em 14 de julho de 2017. No mês até agora, a moeda acumula queda de 0,61%.

Na mínima da sessão, o dólar chegou bem perto dos R$ 4, ao marcar R$ 4,0282 e, na máxima, foi a R$ 4,0958. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,64%. (Reuters)

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