Economia

Ibram diz não ter associados envolvidos em corrupção e faz apelo para que autoridades liberem recursos à ANM

O diretor-presidente do Ibram pediu punição aos responsáveis por corrupção no setor mineral e se mostrou preocupado com a situação orçamentária da ANM
Ibram diz não ter associados envolvidos em corrupção e faz apelo para que autoridades liberem recursos à ANM
Foto: Divulgação/Ibram

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) voltou a se posicionar nesta terça-feira (21) em relação a dois temas sensíveis ao setor e que movimentaram os noticiários nas últimas semanas: a Operação Rejeito e a paralisação da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Em coletiva para apresentação de dados trimestrais, o diretor-presidente da entidade, Raul Jungmann, reiterou que a instituição é contra qualquer tipo de corrupção e que espera que os responsáveis sejam encontrados, julgados e punidos. “O Ibram entende que o melhor antídoto contra a corrupção é o fim da impunidade e nós apoiamos isso”, afirmou.

Conforme o executivo, o Ibram tem 311 associados e nenhum deles está envolvido em qualquer processo de corrupção pelo que sabem e pelo que foi divulgado até então.

Deflagrada em setembro pela Polícia Federal (PF), a Operação Rejeito revelou a existência de esquema criminoso de mineração em Minas Gerais, composto por empresários, operadores financeiros e servidores. As investigações seguem em curso, mas já resultaram em prisões, afastamento de funcionários públicos e suspensão das atividades de empresas.

Jungmann também ressaltou a preocupação da entidade com a situação orçamentária da ANM. “Isso está nos tirando o sono”, disse. Por falta de verba, a autarquia não enviará representantes na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram) 2025. Ele questionou como as áreas de fiscalização, de direitos minerários e de segurança de barragens ficam se a agência sequer tem recursos para estar presente no evento.

O diretor-presidente do Ibram aproveitou para fazer um apelo às autoridades brasileiras para que liberem recursos financeiros para fortalecer a ANM o mais breve possível.

Na última sexta-feira (18), a autarquia federal comunicou que não terá condições de executar as atividades de outorga, gestão e fiscalização do setor mineral a partir deste mês, em razão de um colapso orçamentário. A agência informou que tem R$ 5,9 milhões bloqueados em seu orçamento, além de um déficit adicional de R$ 3,2 milhões para inscrição em restos a pagar (reconhecimento de dívida) ao final do exercício.

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