Economia

Ibram prevê investimentos de US$ 40,4 bi na mineração do Brasil até 2026

Ibram prevê investimentos de US$ 40,4 bi na mineração do Brasil até 2026
Minas Gerais tem previsão de receber mais de US$ 11 bilhões no período | Crédito: Lunae Parracho/Reuters

São Paulo – Os investimentos da indústria de mineração no Brasil deverão somar US$ 40,44 bilhões no período de 2022 a 2026, estimou o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) nesta terça-feira (26).

O montante para o quinquênio, divulgado pela primeira vez, indica uma queda de quase US$ 900 milhões na comparação com a projeção de investimentos para o período de 2021/2025, conforme dados do Ibram.

Segundo o instituto que representa mineradoras que atuam no Brasil, a maior parte dos investimentos, ou 54%, é referente a aportes que ainda estão programados, enquanto 46% do montante se refere a projetos já em execução.

Pouco mais de 10% dos investimentos são em projetos socioambientais para o quinquênio.

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Minas Gerais tem previsão de receber mais de US$ 11 bilhões no período, enquanto a Bahia vem em segundo lugar, com quase US$ 6 bilhões.

Os investimentos em minério de ferro, produto que lidera os aportes no Brasil, estão estimados em US$ 13,6 bilhões, sendo 7,7 bilhões em projetos em execução e 5,8 bilhões estão programados.

Os dados do Ibram indicam mais de US$ 5 bilhões em projetos de fertilizantes em cinco anos, e pouco mais de US$ 600 milhões em empreendimentos sendo executados.

Minas de Bauxita e ouro também têm programações de 5,57 bilhões e 2,9 bilhões respectivamente, até 2026, incluindo aportes programados e execuções de projetos.

Faturamento e produção em queda

A produção mineral brasileira recuou 13% no primeiro trimestre de 2021 na comparação com o mesmo período do ano passado, para 200 milhões de toneladas, enquanto o faturamento caiu 20% na mesma comparação, para R$ 70,3 bilhões, pressionado pela redução nos preços do minério de ferro.

A receita com a produção de minério de ferro recuou 33% no primeiro trimestre, para R$ 32,7 bilhões, enquanto o setor de ouro faturou 14% a menos, para R$ 6,5 bilhões. Já o segmento de minério de cobre registrou aumento de 30% para R$ 5 bilhões.

As exportações minerais brasileiras somaram US$ 9,4 bilhões no primeiro trimestre, queda de 22,8% na comparação anual, com um recuo nas importações da China, principal cliente do minério de ferro do Brasil.

O preço do minério de ferro recuou 15,3% ante o primeiro trimestre de 2021, para US$ 141,33 por tonelada.

A exportação de minério de ferro do Brasil caiu de 81,3 milhões de toneladas para 72,3 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2022.

Com a redução do faturamento e preços, o total de tributos pagos pelo setor caiu 20% no primeiro trimestre na comparação anual, para R$ 19,4 bilhões.

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