ICMS da gasolina e do diesel vai subir em 2026: veja os novos valores definidos pelo Confaz

A partir de janeiro de 2026, o preço dos combustíveis vai pesar mais no bolso do consumidor. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou, nesta segunda-feira (8), a atualização das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre gasolina, etanol, diesel e gás de cozinha (GLP). A medida segue as regras da Lei Complementar 192/2022, que determina que os valores sejam corrigidos anualmente.
Os novos valores entram em vigor no dia 1º de janeiro de 2026, com aumento de R$ 0,10 por litro na gasolina e no etanol e de R$ 0,05 no diesel. O gás de cozinha também terá alta. O Confaz reúne representantes do governo federal e dos estados.
Veja como ficam os novos valores do ICMS sobre combustíveis:
- Gasolina: de R$ 1,47 para R$ 1,57 por litro
- Etanol anidro: de R$ 1,47 para R$ 1,57 por litro
- Diesel: de R$ 1,12 para R$ 1,17 por litro
- Gás de cozinha (GLP): de R$ 1,39 para R$ 1,47 por quilo
Por que esse aumento acontece?
Desde 2022, com a criação da Lei Complementar nº 192, os combustíveis passaram a ser tributados de forma monofásica e unificada em todo o Brasil. Isso significa que o ICMS agora tem um valor fixo (alíquota ad rem) por litro ou quilo. Assim, a atualização só pode ser feita uma vez por ano.
A base de cálculo usa os preços médios dos combustíveis divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre fevereiro e agosto de cada ano.
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Essa mudança substituiu o modelo antigo, no qual o imposto variava de acordo com o preço de venda (alíquota ad valorem), criando mais previsibilidade, mas nem sempre estabilidade no bolso do consumidor.
O que diz o Confaz?
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) por meio dos Convênios ICMS 112/2025 e 113/2025, que tratam da atualização anual das alíquotas. O Confaz destaca que a medida respeita o princípio constitucional da anterioridade, ou seja, só entra em vigor no ano seguinte à publicação.
Segundo o órgão, a atualização está em linha com a legislação federal e considera os custos médios dos combustíveis no Brasil.
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