Economia

IGP-M desacelera em junho e tem variação positiva de 0,11%, aponta a FGV

IGP-M desacelera em junho e tem variação positiva de 0,11%, aponta a FGV
Queda nos preços de matérias-primas puxou o indicador em junho | Crédito: REUTERS/Nacho Doce

São Paulo – O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou a alta para 0,11% em junho, depois de subir 3,40% em maio, uma vez que commodities importantes aliviaram a inflação no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) ontem.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de ganho de 0,21%. Com o resultado de junho, o índice acumula agora em 12 meses avanço de 34,53%.

Segundo a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, passou a cair 0,26% em junho, após subir 4,20% no mês anterior. O destaque nesse desempenho foi o grupo Matérias-Primas Brutas, que caiu 2,40% em junho, depois de avançar 7,65% em maio.

O coordenador dos índices de preços da GFV, André Braz, explicou em nota que “a soja (de 0,63% para -8,12%), o milho (de 5,09% para -8,75%) e o minério de ferro (de 17,03% para -3,85%), commodities de maior peso no IPA, apresentaram recuos importantes em seus preços na passagem de maio para junho. Tal comportamento contribuiu destacadamente para a desaceleração da inflação ao produtor (…)”.

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Já a inflação ao consumidor foi de 0,64% no mês, depois de o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que responde por 30% do IGP-DI – ter subido 0,81% em maio.

Entre os componentes do IPC, o destaque foi o grupo Habitação, que desacelerou a alta a 0,89% no mês passado, após avançar 1,72% em maio.

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) registrou em junho alta de 2,16%, de avanço de 2,22% em maio.

O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.

IPC – O Índice de Preços ao Consumidor do Município de São Paulo (IPC) registrou alta de 8,69% nos últimos 12 meses nos domicílios com pessoas com 60 anos ou mais. O índice de inflação medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) começou, a partir desta edição, a trazer esse novo recorte que diferencia os impactos nas famílias com pessoas com 60 ou mais.

A inflação, no entanto, foi mais alta no índice em geral, medido para as famílias que recebem entre um e dez salários mínimos. Nos últimos 12 meses, o IPC acumula alta de 8,95%. Em junho, o índice teve elevação de 0,81% na medição geral e de 0,7% para as famílias com pessoas com 60 anos ou mais.

Em junho, o grupo de gastos com habitação teve a maior alta nas duas medições, registrando uma elevação de 1,27% no índice geral e de 1,05% para o IPC 60+. Em 12 meses, as despesas com habitação registraram alta de 31,12% no IPC geral e de 38,44% na medição a partir de 60 anos de idade.

Gastos com transportes – Em relação aos gastos com transportes houve uma diferença significativa, com alta de 1,11% para as famílias em geral e de 0,61% para os domicílios com pessoas a partir de 60 anos.

As despesas pessoais tiveram variação de 1,12% para as famílias 60+ e de 0,99% no IPC geral.

O grupo de gastos com saúde teve um resultado muito parecido nas duas medições, com alta de 0,86% no IPC geral e 0,85% no 60+. No entanto, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação da saúde para as famílias com pessoas a partir de 60 anos chega a 16,29%, enquanto no geral fica em 6,09%.

No acumulado dos últimos 12 meses, os gastos com alimentação formam o segundo grupo com maior aumento, com variação de 24,55% no índice geral e de 23,02% no 60+. Porém, em junho, as despesas com alimentação registraram alta de 0,09% no IPC geral e retração de 0,13% para as famílias 60+. (ABr/Reuters)

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