Imóveis residenciais ficam mais caros em Belo Horizonte em outubro

O preço de venda de imóveis residenciais em Belo Horizonte registrou alta de 0,97% em outubro, de acordo com levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e do ZAP. O resultado da capital mineira ficou acima do Índice FipeZap formado pela média das 56 cidades brasileiras analisadas, que registrou aumento de 0,60% em igual período.

No décimo mês de 2024, o IGP-M/FGV exibiu uma inflação de 1,52%, enquanto a prévia do IPCA/IBGE de outubro, dada pelo IPCA-15, indicou um aumento médio de 0,54% nos preços ao consumidor. Individualmente, a alta contemplou 49 das 56 cidades acompanhadas pelo levantamento, incluindo 18 das 22 capitais que integram essa lista.

Aracaju (+2,34%), Campo Grande (+1,99%) e Vitória (+1,76%) foram as cidades que apresentaram as maiores elevações nesse período. Por outro lado, houve recuo nos preços em São Luís (-0,58%), Brasília (-0,46%), Teresina (-0,23%) e Natal (-0,07%).

Apesar da elevação em outubro, a variação da capital mineira foi inferior ao que foi verificado em setembro, quando a alta foi de 1,06%. A variação de 0,97% em Belo Horizonte no décimo mês de 2024 está bem acima das vizinhas Betim (+0,56%) e Contagem (+0,52%), ambas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

A consultora do setor imobiliário, Arlene Gomes, explica que vários fatores interferem no preço, entre eles, o custo da construção, além da disponibilidade de imóveis e a procura. E em Belo Horizonte tem mais uma variável a ser considerada, que é a quantidade de terrenos disponíveis para a construção que, em especial, na região Centro-Sul, são escassos e, logo, mais caros. “Com preços em alta, algumas pessoas acabam optando por morar em cidades próximas de Belo Horizonte, como por exemplo, Betim e Contagem”, diz.

O professor da área de gestão do Centro Universitário UNA, Stenio Afonso, diz que a elevação dos preços, seja para aluguel ou compra de imóveis, em Belo Horizonte está relacionado ao aquecimento da economia, com emprego e renda em alta, o que impacta no aumento da demanda. “Aumentando a procura, obviamente os preços sobem”, observa.

Parcial da valorização dos imóveis residenciais em 2024

No ano até outubro, Belo Horizonte acumula alta de 10,21%, superior ao desempenho nacional que registrou uma valorização de 6,51% no ano, resultado que se manteve acima da variação dos preços da economia, segundo o IGP-M/FGV (+4,20%), assim como da inflação ao consumidor (+3,86%), considerando os resultados do IPCA no ano até setembro e o IPCA-15 de outubro de 2024. Em termos geográficos, conforme o levantamento, a valorização imobiliária abrangeu 55 das 56 cidades monitoradas no balanço parcial de 2024, incluindo 22 capitais.

Considerando os últimos 12 meses, a valorização em Belo Horizonte chegou a 11,72%, novamente superior ao Índice FipeZap nacional, que acumulou alta de 7,22%, o maior resultado desde novembro/20214 (+7,37%), permanecendo acima da variação do IGP-M/FGV (+5,59%), bem como prévia da inflação ao consumidor, dada pelo comportamento do IPCA/IBGE até setembro e do IPCA-15 em outubro deste ano (+4,74%).

Com base em informações da amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda em outubro deste ano, o preço médio calculado em Belo Horizonte foi de R$ 9.172 o metro quadrado (m²), enquanto que a média nacional foi de R$ 9.261/m². Com respeito às 22 capitais monitoradas, Vitória apresentou o valor médio por metro quadrado mais elevado na amostra do mês (R$ 11.702/m²), sendo seguida por Florianópolis (R$ 11.670/m²) e São Paulo (R$ 11.265/m²).

Desenvolvido em parceria pela Fipe e o ZAP, o Índice FipeZap de Venda Residencial acompanha a variação dos preços de imóveis residenciais das cidades, a partir de anúncios de apartamentos prontos anunciados na internet.