Economia

Imóveis standard e luxo respondem por 84% dos lançamentos imobiliários em BH e Nova Lima

Valores dos imóveis standard variam de R$ 350 mil a R$ 700 mil, e dos de luxo, de R$ 2 milhões a R$ 4 milhões
Imóveis standard e luxo respondem por 84% dos lançamentos imobiliários em BH e Nova Lima
Foto: Brastock Images/iStock

Os empreendimentos de padrões standard e luxo foram responsáveis por 84% dos lançamentos imobiliários no primeiro trimestre deste ano em Belo Horizonte e Nova Lima, na região metropolitana (RMBH), segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), o que evidencia o foco das incorporadoras em faixas de maior valor agregado e de liquidez junto ao público comprador. A entidade divulgou, nesta quarta-feira (28), os resultados do período para o mercado imobiliário de Minas Gerais.

No caso do standard, os valores variam de R$ 350 mil a R$ 700 mil, e no segmento de luxo, de R$ 2 milhões a R$ 4 milhões.

De acordo com o estudo “Desempenho do Mercado Imobiliário em Minas Gerais – 1º Trimestre/2025”, pelo quarto trimestre consecutivo o número de apartamentos novos vendidos superou o de lançamentos nesses municípios. Foram comercializadas 1.087 unidades, enquanto os lançamentos somaram 658.

O Valor Global de Vendas (VGV) de Belo Horizonte e Nova Lima chegou a R$ 1,296 bilhão no acumulado dos três primeiros meses do ano. Nesse período foram lançados 16 empreendimentos com 658 unidades, totalizando um Valor Global de Lançamentos (VGL) de R$ 1,010 bilhão.

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No ano passado, as duas cidades comercializaram 7.889 apartamentos novos, alta de 41,76% na comparação com o resultado de 2023 (5.565 unidades), maior número desde a série histórica do Censo Imobiliário, em 2016, realizado pela Brain Consultoria para o Sinduscon-MG.

A economista-chefe do Sinduscon-MG, Ieda Vasconcelos, ressalta que as vendas superiores aos lançamentos confirmam que a demanda continua aquecida no mercado. “Nesse sentido, sempre se espera um aumento no número de lançamentos, mas não é o que se observa atualmente, já que eles recuaram no primeiro trimestre do ano, o que pode demonstrar a preocupação dos empresários com um cenário nacional caracterizado pela maior taxa de juros em quase 20 anos”, diz.

Minha Casa, Minha Vida impacta positivamente o setor

Apesar dos juros altos, o nível de atividade da construção civil no País deve se manter dentro do esperado no ano. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) reiterou, neste mês, a projeção de expansão de 2,3% para o Produto Interno Bruto (PIB) do setor em 2025, em linha com o estimado em dezembro de 2024.

O motivo, conforme a entidade, é que o peso da taxa de juros alta foi compensado pelos novos incentivos ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que tem juros subsidiados.

Para Minas Gerais, a perspectiva também é de crescimento para este ano. A economista-chefe do Sinduscon-MG explica que o Estado normalmente acompanha os dados do País. Portanto, espera-se que o crescimento da construção civil em Minas seja de, no mínimo, 2,3%.

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