Economia

Inadimplência avança na Capital puxada por alta taxa de juros

Idosos entre 65 e 99 anos representaram a maioria dos inadimplentes de Belo Horizonte, respondendo por 37,88% do total
Inadimplência avança na Capital puxada por alta taxa de juros
Expectativa é de que indicador continue crescente neste ano | Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

Por mais um mês, a inadimplência subiu em Belo Horizonte. Em novembro do ano passado, foi registrada alta de 1,83% frente a outubro. A elevação, medida pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), tem como principais fatores a capacidade de pagamento das famílias, a elevação significativa da taxa de juros e a média salarial mais baixa.

Aumento também foi visto na análise anual. Na comparação de novembro de 2022 com igual mês de 2021, o indicador de inadimplência subiu 7,95%. Em igual período de 2021, o índice apontava avanço de apenas 2%. Segundo a CDL/BH, o crescimento é resultado, principalmente, do aumento de cadastro de devedores com um tempo médio de inadimplência de 91 a 180 dias. 

Apesar do avanço de 7,95% na comparação anual, o índice arrefeceu ao longo dos últimos meses, uma vez que, até agosto passado, o índice de comparação anual estava 11,14% maior.

Idosos lideram grupo de devedores em atraso

Os idosos entre 65 e 99 anos representaram a maioria dos inadimplentes de Belo Horizonte: o grupo respondeu por 37,88% do total em novembro. Os jovens adultos, de 18 a 29 anos, concentraram 6,89% das contas em atraso. 

Em relação ao número de dívidas por CPF, novembro registrou o maior valor na base mensal do ano de 2022, com 2,67%. O crescimento foi consequência da alta taxa de juros, que fez com que os valores dos contratos aumentassem e também impôs restrições às negociações.

A tendência para os primeiros meses de 2023 é de manutenção do crescimento da inadimplência, porém, não deve haver uma alta significativa. O aumento será resultado das compras de Natal – principalmente, as feitas por impulso – e pelo aumento das despesas no início do ano, como o pagamento de impostos, aumento das mensalidades escolares, entre outros. 

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