Inadimplência diminui 7,42% na Capital

Os consumidores da capital mineira estão conseguindo, cada vez mais, quitar as suas dívidas. A inadimplência em Belo Horizonte apresentou queda de 7,42% em novembro na comparação com o mesmo período do ano passado. Trata-se da maior retração dos últimos dois anos. Os dados foram divulgados pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).

De acordo com o presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva, a melhora do ambiente econômico contribuiu para se chegar a essa queda representativa. “Essa foi a maior queda dos últimos anos e pode ser explicada em função da melhora do ambiente econômico, principalmente pelo retorno das atividades econômicas, como a reabertura dos setores de comércio e serviços, e o aumento do saldo de empregos”, destaca ele.

Os números da CDL-BH também mostram que quando se compara novembro com outubro, o recuo da inadimplência na capital mineira foi de 2,41%. “Uma queda também bastante significativa”, diz Silva. “O auxílio emergencial ajudou, mas o que mais auxiliou na queda da inadimplência foi a reabertura das atividades econômicas, que geram emprego e renda. Nos últimos quatro meses, a criação de empregos formais cresceu bastante”, ressalta ele.

A inadimplência caiu tanto entre os homens quanto entre as mulheres de Belo Horizonte, sendo a queda de 8,12% entre eles e de 8,11% entre elas. “Tanto os homens quanto as mulheres estão conseguindo quitar as suas dívidas. Embora as mulheres possuam desvantagens no mercado em relação aos homens, como a taxa de desemprego maior e rendimentos médios bem inferiores, isso não tem sido um entrave para que elas também consigam quitar seus débitos”, afirma.

Já a maior concentração de dívidas é verificada entre os jovens, com idade entre 18 e 24 anos. Eles correspondem a 63,95% dos inadimplentes da capital mineira. “Essa tendência vem sendo observada desde o início da pandemia. Isso porque são os jovens que mais sofrem em momentos de crise, pois muitos deles são inexperientes, despreparados, e a grande maioria não possui planejamento financeiro, o que colabora para o aumento da inadimplência”, destaca Silva.

Empresas – Se a inadimplência tem diminuído entre as pessoas físicas, o mesmo tem sido verificado entre as empresas. De acordo com os dados divulgados pela CDL-BH, o recuo da inadimplência das pessoas jurídicas foi de 10,35% em novembro em relação ao mesmo período de 2019. Na comparação entre novembro e outubro, a retração foi de 0,96%.

Apesar de a inadimplência estar em queda na capital mineira, o início do ano, historicamente, é marcado por um aumento dos números, conforme pontua Silva. “Apesar dos primeiros meses do ano serem marcados por um leve aumento da inadimplência, acreditamos que a reabertura das atividades econômicas pode ajudar a minimizar esse impacto”, destaca o presidente da CDL-BH.

Além disso, ele explica porque a inadimplência costuma aumentar nesse período. “Quando falo em aumento da inadimplência, se deve principalmente ao acúmulo de dívidas no início do ano, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)”, argumenta Silva.