Inadimplência nos condomínios cai na RMBH

A taxa de inadimplência nos condomínios da Capital e da Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentou redução em setembro de 2018. Levantamento divulgado ontem pela Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) mostra que o índice de inadimplência no pagamento das taxas condominiais foi de 10,8% em setembro deste ano, frente aos 11,07% registrados no mesmo mês de 2017.
Na avaliação do vice-presidente das Administradoras de Condomínios da CMI/Secovi-MG, Leonardo Mota, apesar de uma situação econômica instável no País, o resultado aponta que os condomínios têm conseguido se profissionalizar mais em relação à recuperação dos créditos. Ele destacou também que o melhor aparelhamento das administradoras de condomínio tem proporcionado mais eficiência na recuperação de crédito, ampliando as maneiras de resolver o problema, considerado o que mais impacta os condomínios.
“Os síndicos têm tratado o condômino como uma empresa. A própria função exige que eles tenham mais conhecimento e tomem providências para cobrar do inadimplente. As administradoras estão ampliando a capacidade para fazer a cobrança das taxas condominiais em atraso, criando inclusive situações para acordos”, afirmou.
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Os dados da CMI/Secovi-MG apontam que, em setembro, houve aumento de 0,4% na taxa de inadimplência em relação a agosto de 2018, quando a taxa registrada foi de 10,64%. O acréscimo é avaliado por Mota como sazonal e possivelmente relacionado a questões externas.
“Não é um reajuste característico. As incertezas no cenário econômico devido às eleições fazem com que esse leve aumento seja um resultado positivo, levando em conta esse contexto atual”, disse Mota.
Pagamentos atrasados – Também na passagem de agosto para setembro deste ano, os pagamentos atrasados caíram de forma expressiva. Entre os condôminos que pagam suas taxas com atraso dentro do mês de referência, a taxa de impontualidade registrada em setembro foi de 7,57%, resultado 1,18 ponto percentual menor que o do mês anterior (8,75%).
A redução é atribuída por Leonardo Mota à diversidade nas formas de pagamento, que permitem mais versatilidade e mobilidade para quitar os débitos.
“O condômino tem mais facilidades de pagamento oferecidas pelos bancos, entre elas DDA, débito automático, home banking e aplicativos. Isso permite mais possibilidades para realizar os pagamentos em dia e evitar multas”, ressaltou.
Em 2018, o índice de inadimplência mais baixo foi registrado em janeiro, quando a taxa chegou a 10,52%, enquanto o mais alto foi observado no mês de fevereiro, com o índice de 11,64%.
Já com relação à impontualidade, o menor índice deste ano foi registrado em fevereiro (7,46%) e o pico do ano, até o momento, foi atingido em janeiro, com 9,50% de condôminos com atraso de pagamentos.
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