Inadimplência da taxa de condomínio em março registra queda em Minas

A inadimplência da taxa de condomínio apresentou retração em Minas Gerais, saindo de 5,77% em fevereiro para 5,62% em março, com variação de 0,15 ponto percentual. Quando comparada com o mesmo intervalo de 2024 (6,41%) houve recuo de 0,79 ponto percentual. O índice mineiro ficou abaixo da média nacional, que foi da ordem de 6,80% em março.
O pico de inadimplência condominial em Minas Gerais nos últimos 12 meses foi apurado em junho de 2024, quando a taxa ficou em 6,75%. E o menor percentual no período foi este registrado em março de 2025 (5,62%), conforme indicou o levantamento do Índice de Inadimplência Condominial da Superlógica, plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no País. No Brasil, o pico de inadimplência condominial nos últimos 12 meses havia sido em maio de 2024, quando a taxa ficou em 7,62%. Nacionalmente, o menor percentual dos últimos 12 meses foi registrado em dezembro de 2024: 5,76%.
Segundo o diretor de Crédito do Grupo Superlógica, João Baroni, “observando os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é possível notar que a inadimplência condominial de janeiro a março acompanha o índice de outubro, novembro e dezembro. Terminando o ano com preços elevados, como visto no IPCA, é normal que a inadimplência seja reflexo disso no primeiro trimestre”, avalia.
Inflação e juros comprometem pagamento
“A inadimplência do mercado condominial no País vem subindo, e dois dos motivos são o aumento da inflação e da taxa de juros. São fatores que reduzem o poder de compra da população e, consequentemente, aumentam a inadimplência – sobretudo a condominial, dada a prioridade de pagamento das pessoas por despesas mais caras, como cartão de crédito, aluguel, empréstimos e cheque especial”, destaca.
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Veja a análise de inadimplência segmentada por região:
- Norte (8,60%),
- Centro-Oeste (6,59%),
- Nordeste (6,03%),
- Sudeste (5,68%)
- e Sul (4,83%).
Houve aumento da inadimplência em todas as regiões, de fevereiro para março. A base de dados que embasa o índice é composta por aproximadamente 300 mil condomínios de todas as regiões do Brasil, somando mais de 4,2 milhões de imóveis (casas e apartamentos), que possuem boletos que estão há mais de 90 dias sem pagamento. O levantamento leva em consideração o valor da taxa de condomínio, o tipo de imóvel (apartamento ou casa) e a sua localização, além das datas de vencimento e pagamento, que mostram se há inadimplência ou não.
Inadimplência da taxa de condomínio por valor
Em relação ao valor, as taxas de condomínio no País foram segmentadas em alta, média e baixa, considerando abaixo de R$ 500 como baixa e acima de R$ 1000 como alta. É possível perceber que a taxa não apresenta grande variação mês a mês, mas é notável como o comportamento segmentado por valor é muito diferente de forma geral, sendo que condomínios de valor abaixo de R$ 500 possuem uma inadimplência maior que condomínios de taxa média e alta.
Em março, as taxas de inadimplência de condomínio no País de até R$ 500 atingiram 10,26%, alta de 0,36 ponto percentual em relação a fevereiro e segunda maior marca dos últimos 12 meses. Já nos condomínios de até R$ 1000, o índice chegou à marca recorde de 5,03% (alta de 0,31 ponto percentual em relação ao mês anterior). E nos condomínios acima de R$ 1000, a taxa também foi recorde, de 3,93% (alta de 0,60 ponto percentual em relação a fevereiro).
O levantamento da Superlógica revelou ainda que a taxa de condomínio médio no País, entre janeiro e março, foi de R$ 899,27 – uma alta de 5,77% em relação à média registrada no mesmo período do ano passado. Valor pouco acima da inflação nos últimos 12 meses, que foi de 5,48%, de acordo com o IPCA.
Saiba quais são as regiões com as maiores taxas de condomínio:
- Norte (com R$ 979,05)
- Nordeste (R$ 975,17),
- Sudeste (R$ 964,86),
- Centro-Oeste (R$ 744,82)
- e Sul (R$ 710,53).
Entretanto, quando se fala em Minas Gerais, a taxa de condomínio médio, entre janeiro e março, foi de R$ 588,42. Na comparação com o salário mínimo brasileiro atual, que é de R$ 1518, a taxa média de condomínio, em valores nominais, já equivale a quase 65% dele no Norte e Nordeste, e pouco menos de 64% no Sudeste, 49% no Centro Oeste e 47% no Sul. Na média nacional, a taxa de condomínio equivale a 59% do salário mínimo. Em Minas Gerais, a taxa de condomínio equivale a 38% do salário mínimo.
Consequências e soluções para a inadimplência da taxa de condomínio
A inadimplência da taxa condominial traz consequências prejudiciais tanto para os moradores como para o próprio condomínio. Se, de um lado, o morador corre o risco de perder até o imóvel por não pagar a cota, caso a dívida seja judicializada e o bem, colocado em leilão, de outro, o gerenciamento de gastos da coletividade torna-se incerto, muitas vezes inviabilizando manutenções de rotina e obras de melhoria.
“Muitos condomínios chegam a ter um fundo de reserva para enfrentar a inadimplência, mas o ideal mesmo é buscar uma alternativa mais eficiente. Com o Inadimplência Zero, produto do Grupo Superlógica, o que oferecemos é a certeza de que o condomínio terá uma arrecadação livre de sustos, além de alternativas para que o morador pague sua dívida”, afirma Baroni.
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