Economia

Índice de Confiança dos Pequenos Negócios tem alta em Minas Gerais

Índice de Confiança dos Pequenos Negócios tem alta em Minas Gerais
Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

O Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (Iscon) em abril ficou em 121 pontos, oito acima do registrado em março e o maior nos últimos oito meses. As expectativas dos pequenos empresários melhoraram mesmo em um contexto econômico difícil, com inflação crescente, redução de renda das famílias e altos índices de desemprego.

O otimismo dos pequenos empreendedores em relação ao cenário de curto prazo aumentou a partir de uma soma de fatores, como a redução ou anulação do imposto de importação de alimentos e insumos produtivos, o corte do IPI da maioria dos produtos industrializados e medidas para a injeção de recursos na economia, como a expansão do Auxílio Brasil, o adiantamento do 13º do INSS e a liberação de saques de até R$ 1 mil do FGTS.

“O Iscon teve uma queda em março de 5 pontos (de 118 para 114) já por causa da guerra na Ucrânia. Não pelo conflito em si, que começou em fevereiro, mas pela incerteza dos empresários quanto aos seus possíveis impactos na economia, principalmente no aumento dos preços e da inflação”, observou a analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Paola La Guardia.

“A expectativa era baixa, mas o primeiro trimestre foi melhor do que se esperava. O pequeno negócio está sentindo uma reabertura mais forte, com melhora da demanda, o que aumenta a confiança”, acrescentou.

O Iscon é composto pelo Índice de Situação Esperada (ISE) com o Índice de Situação Recente (ISR), este último mostra como eles avaliam o que está acontecendo nos últimos três meses. O ISE, contudo, tem peso dobrado no cálculo do índice de confiança. Em abril, o ISR registrou aumento de quatro pontos em relação a março (de 81 para 85) e o ISE aumentou nove pontos (de 130 para 139). 

A pesquisa, realizada pelo Sebrae Minas, ouviu 979 representantes de pequenos negócios entre os dias 8 e 18 de abril. A confiança do segmento foi puxada pelo Comércio, que registrou um Iscon de 125 pontos. Os demais setores – Serviços, Construção Civil e Indústria – apresentaram um Iscon de 119 pontos. 

“Todos estão otimistas quanto ao futuro, mas a indústria e a construção civil estão menos, já que são mais afetados por fatores como a inflação, aumento de insumos e da taxa de juros. Eles são os dois únicos setores que tiveram uma queda do ISE”, aponta a analista.

O ISE do Comércio ficou em 143 pontos, uma variação de 11 pontos em relação a março, enquanto o ISE geral dos pequenos negócios em abril foi de 139 pontos. “Nesse aspecto, nós podemos conjecturar que estes incentivos do governo ao consumo beneficiam principalmente o comércio, que vinha de uma situação muito desfavorável durante a pandemia e são os maiores beneficiários da abertura”, disse Paola La Guardia.

O segmento mais confiante em abril foram as Empresas de Pequeno Porte (EPP), com um Iscon de 130 pontos, 11 acima do registrado em março. O Iscon das microempresas (ME) foi de 125 pontos, contra 118 em março, e dos Microempreendedores Individuais (MEI) foi de 117 pontos, com uma variação positiva de oito pontos em relação ao mês anterior.

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