Índice de Vulnerabilidade promete apoio aos municípios

O Instituto Votorantim, juntamente com a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e o Instituto Itaúsa, acaba de criar o Índice de Vulnerabilidade Climática dos Municípios. Trata-se de um serviço pioneiro de apoio às cidades, que, por meio de cálculos, considera as populações mais vulneráveis às mudanças climáticas.
Com informações de todas as cidades do País, o indicador revela as localidades mais propensas a realidade de fenômenos climáticos. A novidade contará com um checklist de preparação para emergências e um programa piloto de consultoria municipal.
No índice, serão considerados o percentual de crianças e idosos, a proporção de áreas precárias e residências em zonas de risco, além do número de inscritos no CadÚnico, entre outros. O cálculo levará em conta a exposição a seis fatores: inundações, enchentes, alagamentos e enxurradas; deslizamentos; escassez hídrica (seca); incêndios; impacto na agropecuária e, por último, o aumento de problemas de saúde relacionados ao clima.
Critérios do Índice de Vulnerabilidade
Uma análise de dados sobre o nível de ameaça, a exposição da população e a capacidade de adaptação da cidade vai compor o índice. Uma pontuação de 0 a 100 será atribuída a cada município, como resultado, sendo que a pontuação é maior quanto maior for a vulnerabilidade.
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Além do índice, a iniciativa disponibiliza, de forma gratuita, um checklist de preparação para crise climática. O objetivo é auxiliar as administrações municipais a identificar as ações necessárias para a preparação das cidades.
A lista, primeiramente, vai oferecer diretrizes em duas áreas: gerenciamento de riscos de desastres e adaptação às mudanças climáticas e resiliência. Serão consideradas, neste contexto, competências como regulamentações, capacidade de análise de dados, governança multissetorial, capacidade financeira e abordagem transversal do tema.
“A preocupação com as emissões e mudanças climáticas é um tema atrelado ao negócio da CBA, que busca constantemente a melhoria desse cenário, desde a sua própria produção de alumínio de baixo carbono até iniciativas que incentivam esse debate e a mobilização social”, entende o gerente geral de sustentabilidade da CBA, Leandro Faria.
Ferramenta foi criada para atender realidade carente de dados
O head de Sustentabilidade da Itaúsa e diretor-executivo do Instituto Itaúsa, Marcelo Furtado, também reforça que a iniciativa surge como apoio às prefeituras e autoridades. “O engajamento do Instituto Itaúsa ao projeto é devido à necessidade e urgência de apoiar os municípios ao desenvolvimento de seus Planos de Emergência Climática. O projeto tem o objetivo de gerar dados baseados em evidências para proteger vidas e infraestrutura das cidades”, diz.
“Há uma carência de dados e orientações que apoiem as tomadas de decisão a respeito das mudanças do clima no País. O olhar sobre o território e as pessoas está na essência do Instituto Votorantim. Por isso, a nossa contribuição é trazer os dados das populações para o centro do debate de adaptação. Entender que os primeiros grupos a serem atingidos são aqueles mais vulnerabilizados. Esse é um primeiro passo para enderecemos um tema tão urgente para o Brasil”, conclui a coordenadora de Inovação do Instituto Votorantim, Natalia Cerri.
COP 28
Ao tratar da importância da criação do Índice de Vulnerabilidade Climática para o País, as ferramentas da iniciativa “Ação Climática” serão apresentadas durante a programação oficial da Conferência de Mudanças Climáticas (COP 28). O evento, que contará com cases e lançamentos de soluções de diferentes partes do mundo, terá início nesta quinta-feira (30), e se estenderá até o dia 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes.
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