Economia

Índice de preços ao produtor do Brasil cai 0,3% em julho sob influência de alimentos, diz IBGE

A queda, no entanto, perdeu força após deflação de 1,27% em junho
Índice de preços ao produtor do Brasil cai 0,3% em julho sob influência de alimentos, diz IBGE
Mercado do Cruzeiro | Foto: Alisson J. Silva

Os preços ao produtor no Brasil recuaram 0,3% em julho sob influência do setor de alimentos, marcando a sexta taxa negativa consecutiva, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

A queda, no entanto, perdeu força após deflação de 1,27% em junho, levando o Índice de Preços ao Produtor (IPP) a acumular em 12 meses avanço de 1,36%.

Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 12 tiveram quedas de preços na comparação mensal.

As maiores influências no resultado geral de julho foram exercidas por alimentos (-0,33 ponto percentual), metalurgia (-0,11 p.p.), indústrias extrativas (0,10 p.p.) e fabricação de máquinas e equipamentos (0,06 p.p.).

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“A influência mais intensa, do setor de alimentos, foi negativa e ajuda a explicar o resultado geral da indústria. Excluindo os alimentos, as demais atividades tiveram, somadas, uma influência positiva, de 0,03 ponto, ou seja, grande parte dos motivos para o IPP permanecer no campo negativo em julho vem da queda dos alimentos”, explicou Murilo Alvim, gerente do IPP.

Em termos de variação, os destaques foram indústrias extrativas (+2,42%), metalurgia (-1,65%), produtos de metal (-1,54%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (+1,41%).

O setor de alimentos teve queda de 1,33%, a sexta no ano, mas também menos intensa do que a taxa de junho (-3,42%).

“… podemos destacar os menores preços dos açúcares, recuo que está em linha com a queda dos preços internacionais, muito por conta de um aumento da oferta em grandes países produtores, como a Índia, a Tailândia e o Brasil. Isso fez com que o grupo de fabricação e refino de açúcar apresentasse uma retração de 4,31% em julho e fosse a principal influência no resultado setorial”, explicou Alvim.

Ele também ressaltou a redução dos preços do café diante de custos de produção mais baixos, “em grande parte pelo início da colheita de novas safras no país, que fez com que o grupo de torrefação e moagem de café apresentasse a maior queda no indicador mensal em toda a sua série histórica, com um recuo de 6,20% em julho”, completou.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

(Conteúdo distribuído por Reuters)

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