Economia

Indústria de alimentos de Minas Gerais registra R$ 140 bilhões de faturamento em 2024

O setor ainda registrou R$ 4,7 bilhões em exportações no último ano
Indústria de alimentos de Minas Gerais registra R$ 140 bilhões de faturamento em 2024
Foto: Reprodução Adobe Stock

A indústria mineira de alimentos alcançou R$ 140 bilhões de faturamento em 2024, o equivalente a 13,1% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais. De acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), o Estado ainda registrou R$ 4,7 bilhões em exportações.

O estudo também aponta que as 6,6 mil empresas que atuam em Minas foram responsáveis por mais de um milhão de empregos, sendo 242,3 mil diretos e outros 969 mil de forma indireta. Dessa forma, o mercado de alimentos respondeu por 27,2% dos empregos na indústria de transformação em Minas Gerais.

A Abia também destaca que a indústria de alimentos processa 67,9% de tudo o que é produzido pela agropecuária mineira. Essa taxa supera tanto a média da região Sudeste (67,9%) quanto a nacional (62%).

O estado de Minas Gerais está entre os grandes destaques da indústria nacional de alimentos com o terceiro maior faturamento, ficando atrás apenas de São Paulo e Paraná, com R$ 311 bilhões e R$ 169 bilhões, respectivamente. Quanto ao número de empresas, o Estado aparece em segundo lugar, logo depois de São Paulo (6,9 mil).

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Já no caso das exportações, Minas ocupa a quinta posição. O ranking é liderado por São Paulo, com um montante de R$ 21 bilhões em exportações.

Em seguida aparecem

  • Paraná (R$ 8,8 bilhões)
  • Mato Grosso (R$ 6,9 bilhões)
  • Rio Grande do Sul (R$ 5,1 bilhões)

Minas Gerais também é o terceiro estado com maior quantidade de empregos diretos no setor, logo atrás dos estados de São Paulo (485 mil) e do Paraná (252 mil). O mesmo ocorre no caso da geração de empregos indiretos, onde o topo da lista é ocupado pelos mercados paulista e paranaense, com 1,9 milhão e 1 milhão de empregos, respectivamente.

Fatores que contribuíram para os resultados apresentados por Minas Gerais

Conforme a pesquisa, o bom desempenho apresentado pela indústria mineira foi impulsionado por fatores como a expansão da produção física de 1,5% no ano passado, que contribuiu para o aumento do abastecimento e geração de empregos. Além da melhoria na renda e no emprego, que estimulou o consumo de alimentos no Estado.

O estudo ainda aponta para a expansão do PIB estadual, estimada atualmente entre 3% e 3,5%, para o ano de 2024, como outro fator decisivo para os resultados apresentados. Assim como os investimentos em inovação, modernização, ampliação e novas plantas industriais, máquinas e equipamentos, automação, pesquisa e desenvolvimento, novos produtos, distribuição e sustentabilidade.

Outro elemento que também pode ter contribuído são as parcerias entre a agroindústria de alimentos e a agricultura familiar no fornecimento de insumos no mercado mineiro. Dentre os destaques estão os segmentos de leite e de café, com grande participação na economia local.

Vale ressaltar que Minas Gerais desempenha um papel fundamental na indústria alimentícia brasileira, sendo um dos principais estados produtores. O Estado tem grande relevância na produção agrícola, sendo um dos maiores produtores de leite do Brasil e também tem forte participação na produção de café e derivados.

Funcionária trabalhando em fábrica da Castelo Alimentos em Contagem
Foto: Castelo Alimentos / Divulgação

Indústria nacional de alimentos apresenta crescimento em 2024

No geral, conforme demonstrado pelo levantamento da Abia, a indústria brasileira de alimentos alcançou R$ 1,277 trilhões de faturamento ao longo do último ano. O que representa um avanço de 9,98% na comparação com o valor registrado em 2023, em termos nominais. Esse montante também corresponde a 10,8% do PIB nacional.

Desse total, 72%, ou R$ 918 bilhões, são provenientes do mercado interno e 28% do comércio exterior (US$ 66,3 bilhões). Além disso, as vendas reais apresentaram expansão de 6,1% e a produção física cresceu 3,2%, alcançando 283 milhões de toneladas de alimentos.

De uma forma geral, os segmentos que mais cresceram foram o food service e o varejo alimentar, com variações positivas de 10,4% e de 8,8%, respectivamente. O desempenho relevante tem a ver também com o aumento dos investimentos das indústrias na ampliação e modernização de plantas fabris, pesquisa e desenvolvimento, ações de sustentabilidade, aquisição de máquinas e equipamentos.

A indústria de alimentos investiu quase R$ 40 bilhões em 2024. Deste valor, R$ 24,9 bilhões foram direcionados para inovações e R$ 13,80 bilhões para fusões e aquisições.

A geração de empregos também foi um destaque para o setor no País, com 72 mil novos postos diretos e 288 mil indiretos, totalizando 10,4 milhões de trabalhadores na cadeia produtiva nacional.

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