Economia

Indústria de artefatos de borracha está otimista para 2023

Para este ano, setor estima que os resultados devem ser os mesmos do exercício passado
Indústria de artefatos de borracha está otimista para 2023
Crédito: nordroden - stock.adobe.com

A indústria de artefatos de borracha do Estado vem apresentando certa estabilidade neste ano, tanto na produção quanto na demanda, em relação a 2021. O setor ainda segue com dificuldade para encontrar mão de obra qualificada, mas, mesmo com essas questões, a previsão para 2023 é de crescimento real de 3%.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Artefatos e Beneficiamento de Borracha e Elastômeros no Estado de Minas Gerais  (SinborMinas), Elcio Fortunato do Carmo, a demanda e o volume de produção na indústria mineira de artefatos de borracha não sofreram grandes mudanças entre os meses de janeiro e novembro na comparação com o ano anterior. Fortunato estima que o setor já esteja em níveis de estabilidade nos últimos dois anos. Mesmo assim, a perspectiva para o próximo ano é de crescimento de até 3% acima da inflação.

Alguns dos motivos, apontados por ele, para essa situação são os resultados pouco animadores obtidos pelos setores automotivos e de mineração. No primeiro caso, o setor está passando por um período com baixa oferta de matéria prima; já a mineração possui uma alta demanda, mas ainda sofre com as sequelas das tragédias envolvendo o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Custos de produção estão em alta

O presidente do SinborMinas afirmou que os preços dos insumos “estão subindo expressivamente” e os principais causadores dessa elevação são a variação do dólar, principal moeda do mercado, e a redução no número de fornecedores, já que muitos acabaram sucumbindo durante a crise causada pela pandemia do Covid-19. Dentre os insumos que estão com seus valores elevados, Carmo destacou três: a borracha natural, os derivados do petróleo e o negro de fumo.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Fortunato do Carmo estima que os custos devam fechar 2022 com um aumento de 8% acima do registrado nos dois últimos anos. Ele conta que para tentar mitigar o aumento de despesas, as empresas do setor vêm buscando fornecedores alternativos e aumentar sua eficiência na produção, visando reduzir seus custos. O presidente ainda explica que as empresas do setor têm repassado esses preços para seus clientes, mas ainda abaixo do necessário. Carmo calcula que esse reajuste está em torno de 6%, dois pontos percentuais menor que o ideal.

Imprevisibilidade é um desafio

Já sobre os maiores desafios que a indústria de produção de artefatos de borracha de Minas Gerais deve enfrentar, Fortunato do Carmo, aponta para um cenário de imprevisibilidade no mercado, causada pelo atual momento político e econômico do País. Ele acredita que só a partir de fevereiro é que as coisas devem ficar mais claras e fáceis de criar uma estimativa, seja ela boa ou ruim.

Quanto à questão da mão de obra, o presidente do SinborMinas conta que o setor segue com o problema relacionado à escassez de profissionais qualificados para atuar no setor. Na visão dele, um dos motivos para essa situação é a falta de escolas que preparem essas pessoas para esse tipo de trabalho.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas