Economia

Indústria de autopeças Nakata vai transferir unidade para Extrema

Indústria de autopeças Nakata vai transferir unidade para Extrema
Crédito: DIVULGAÇÃO / NAKATA

Presente no País há mais de 65 anos, a Nakata Componentes Automotivos, responsável pela fabricação de autopeças para o mercado de reposição, vai transferir a sua unidade de fabricação de amortecedores do município de Diadema, no ABC Paulista, para Extrema, no Sul de Minas Gerais. No local, já funciona um dos centros de distribuição da companhia.

Na última terça-feira, funcionários da Nakata Componentes Automotivos em Diadema fizeram uma manifestação para a preservação dos empregos por conta das possíveis demissões que vão ocorrer com a mudança de cidade – já se fala em um número total de 225.

O DIÁRIO DO COMÉRCIO procurou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para obter mais informações a respeito das ações, dos números e das perspectivas em relação ao assunto, mas não conseguiu um retorno até o fechamento desta edição.

A Nakata, por sua vez, não confirmou e não comunicou oficialmente quantos postos de trabalho serão fechados.

Vinda para Minas – Procurada, a empresa não deu detalhes mais profundos acerca da vinda para o Estado de Minas Gerais, embora tenha destacado aspectos positivos dessa escolha.

Em nota, a organização afirmou que a mudança de cidade “visa otimizar processos e aumentar ainda mais a sinergia dos negócios da companhia”.

A Nakata Componentes Automotivos já vinha anunciando vários investimentos na cidade mineira ao longo do tempo.

No fim de 2019, por exemplo, destacou que dobraria a capacidade do seu centro de distribuição em Extrema, chegando a 23,4 mil m², além de ter focado ainda o aprimoramento de processos.

Na época, também foi anunciado o investimento em tecnologia e em sistemas para o suporte da operação de maneira eficaz.

Conclusão da mudança – A transferência para a cidade de Extrema, de acordo com a Nakata Componentes Automotivos, vai começar no fim do mês de março. A previsão é de que a conclusão se dê no fim de abril.

Em nota, a companhia destacou também os cuidados com os colaboradores neste momento.

“Neste momento, nossa maior preocupação é com os nossos colaboradores. Por isso, estamos empenhados em estabelecer um pacote de desligamento satisfatório. Sabemos que o momento é sensível para todos e queremos garantir que todos se sintam atendidos, reconhecidos, valorizados e suportados”, disse.

Além da fábrica em Diadema e do centro de distribuição em Extrema, a Nakata Componentes Automotivos também tem um centro de tecnologia e desenvolvimento localizado em Osasco (SP) e um centro de distribuição em Santo André (SP).

A companhia exporta para mais de 20 países da América, Oceania, Europa e Ásia.

Consumo aparente sobe 3,6% em dezembro

Rio de Janeiro – O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, que é a parcela da produção industrial doméstica para o mercado interno acrescida das importações, teve alta de 3,6% em dezembro, na comparação com o mês anterior.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou o resultado ontem, o índice representa a oitava variação positiva seguida na margem. Teve crescimento também no quarto trimestre de 2020 (9,4%). Já em relação a dezembro de 2019, o indicador subiu 20,1%.

No acumulado de 2020, o Indicador Ipea recuou 5,2%. Na produção industrial avaliada na Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda foi menor (-4,5%). O indicador mede a demanda por bens industriais, que é definida como a produção industrial interna não exportada, somada às importações.

O instituto informou ainda que entre os componentes do consumo aparente, a produção de bens nacionais cresceu 3,5% em dezembro em relação ao mês anterior. Já as importações de bens industriais subiram 17,3% na mesma comparação.

Desempenho – O Indicador Ipea mostrou ainda que o bom desempenho foi disseminado em dezembro nas grandes categorias econômicas. Um dos componentes dos investimentos, que é a demanda por bens de capital, avançou 99,2%, o que é explicado pelas importações de plataformas de petróleo, que atingiram US$ 4,8 bilhões no período.

Outras altas foram registradas na demanda por bens intermediários (2,6%), na demanda por bens de consumo duráveis (0,2%), mas em relação aos bens semi e não duráveis houve recuo de 2,2%.

Classes de produção – De acordo com o Indicador do Ipea, entre as classes de produção, houve avanço de 2,5% na demanda interna por bens da indústria de transformação, um reflexo do bom desempenho das grandes categorias econômicas.

Após queda de 12,1% em novembro, a indústria extrativa mineral cresceu 5,5% no último mês de 2020. Ao todo, 14 dos 22 segmentos da indústria de transformação apresentaram evolução, com destaque para outros equipamentos de transporte, que, por causa das importações das plataformas de petróleo, avançou 557,3%.Já em relação a dezembro de 2019, 18 segmentos registraram crescimento, entre eles, novamente, outros equipamentos de transporte, com 369,5%. (ABr)

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