Economia

Indústria de cimento no País registra queda em fevereiro

As vendas internas de cimento no Brasil por dia útil em fevereiro – que considera o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo de cimento – apresentaram queda de 2,3% em relação a janeiro, e redução de 3,2% sobre o mesmo mês de 2018, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic).

Já nos últimos 12 meses (março de 2018 a fevereiro de 2019), as vendas acumuladas atingiram 53,1 milhões de toneladas. Este número significa uma redução de 0,4% em comparação com o mesmo período anterior (março de 2017 a fevereiro de 2018).

Segundo o presidente da entidade, Paulo Camillo, os resultados do mês passado foram influenciados diretamente pelo comparativo de dias úteis trabalhados. “O desempenho de fevereiro ficou maior justamente por ter dois dias úteis a mais do que em fevereiro de 2018 devido ao feriado de Carnaval. Se formos analisar as vendas por dia útil o resultado de fevereiro é 3,2% menor do que o mesmo mês do ano passado”, afirma.

A venda total de cimento no Brasil registrou um total de 4,1 milhões de toneladas no mês de fevereiro de 2019, valores que representam 6,4% a mais em relação ao mesmo mês do ano anterior. No bimestre, de janeiro a fevereiro, os resultados atingiram 8,6 milhões de toneladas, uma alta de 5,4%, apontando para um crescimento inexistente.

Consumo aparente e importação – Na análise de vendas do cimento no mercado interno mais o acumulado de importações, o total chegou a 4,1 milhões de toneladas em fevereiro. O resultado representa uma alta de 6,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Ao comparar o acumulado nos últimos 12 meses (março de 2018 a fevereiro de 2019), a queda no consumo atingiu 0,6% em relação ao mesmo período anterior (março de 2017 a fevereiro de 2018).

Cenário incerto – Paulo Camillo também apontou outros fatores que estão levando a um cenário ainda incerto para a indústria do cimento em 2019: “Apesar do reaquecimento do mercado imobiliário apontado nos últimos meses, o setor ainda não conta com um ambiente consistente capaz de conduzir a um crescimento sustentável e que possibilite a recuperação da perda acumulada de quase 30% nos últimos quatro anos”, esclarece.

“Nossa projeção é que o primeiro trimestre de 2019 apresente um crescimento próximo de 1,5% e a expectativa é de um segundo semestre ainda mais forte, impulsionado principalmente pelo possível início e retomada das grandes obras de infraestrutura do governo federal, que devem nos ajudar a fechar o ano com alta de 3%”, complementa o executivo.

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