Indústria de móveis espera ano de crescimento em Minas Gerais
Após um ano de estagnação do setor moveleiro, o Sindicato das Indústrias do Mobiliário e de Artefatos de Madeira no Estado de Minas Gerais (Sindimov-MG) espera crescimento nas vendas de móveis no Estado em 2024. Tradicionalmente, o ano para o setor começa mesmo agora, com o fim do Carnaval, época em que o mercado começa a aquecer. E o início tem sido melhor que o começo de 2023, como explica o presidente da entidade, Maurício de Souza Lima.
“Nós estamos com boa expectativa para esse ano. O ano começando agora, mas o início que está agora, já está mostrando para nós que vamos ter uma boa expectativa de crescimento para esse ano. Posso garantir que será melhor que 2023”, afirma o presidente do Sindimov-MG.
O novo cenário do MCMV anima o setor moveleiro de Minas Gerais. O Sindimov-MG espera que a nova etapa do programa faça as vendas de móveis acompanharem as aquisições de imóveis. “É tentar incrementar o setor moveleiro com o Minha Casa, Minha Vida, essa é a expectativa de todo o setor. Sempre incrementa, porque estamos agarrados o tempo todo na construção civil. Quando está em alta, a gente também segue o mesmo caminho, assim como quando está em baixa”, afirma Lima.
A nova etapa do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) prevê a primeira seleção de propostas do programa direcionada à faixa 1, para famílias com renda de até 2 salários mínimos (R$ 2.824). Foram selecionadas 187,5 mil novas unidades habitacionais do programa para famílias com este patamar de renda.
Mão de obra em Minas Gerais é desafio para setor de móveis
O presidente do sindicato destaca que o principal desafio do setor, atualmente, é a falta de mão de obra. O Sindimov-MG tem buscado solucionar o problema com parcerias, como a feita com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Há uma unidade do Senai em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), voltada exclusivamente para a qualificação de trabalhadores para o setor.
Além disso, também foi criada uma escola itinerante que oferece cursos de movelaria em diversas cidades do Estado. São cursos variados para toda a cadeia de produção do setor, não somente para fabricação e montagem dos móveis, como também design e segurança na área.
Outro desafio a ser superado pelo setor moveleiro é o alto custo dos investimentos, proporcionado pelo alto patamar da taxa básica de juros. Maurício Lima afirma que o setor não tem capital suficiente para realizar investimentos em um cenário com os juros elevados. A indústria de móveis aguarda a continuidade da redução da taxa pelo Banco Central (BC). “Apesar de vermos nos cadernos econômicos (dos jornais) que a taxa vai parar em um patamar X, que não terá mais baixa, e vamos ficando presos com a taxa de juros fora do Brasil, estamos com boa expectativa para esse ano”, finaliza Lima.
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