Inflação em Belo Horizonte avança 0,79% na segunda semana de julho

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte apresentou alta de 0,79% na segunda prévia semanal de julho de 2024, puxado, basicamente, pelos gastos com alimentação, conforme levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). O resultado indica desaceleração na inflação sobre a semana anterior, quando o índice apresentou elevação de 0,96%.
Com o resultado, no acumulado do ano até a segunda semana deste mês, a inflação de Belo Horizonte já registra aumento de 5,6%, enquanto nos últimos doze meses o crescimento é de 7,21%. Em comparação ao mesmo período do ano anterior houve incremento, pois o IPCA havia registrado 0,03% na segunda semana de julho de 2023.
O grupo Alimentação apresentou alta de 0,16% no custo médio na segunda semana de julho. Trata-se da primeira alta semanal após as quedas apuradas nas últimas duas quadrissemanas e o resultado foi puxado pelos custos com alimentação fora da residência. Isso porque apenas o subgrupo Alimentação na residência apresentou queda de 1,19%, quinto resultado negativo consecutivo. Na quadrissemana anterior, o subgrupo havia apresentado queda de 1,73%, enquanto a alimentação fora da residência cresceu 1,78%.
Além disso, o maior responsável pela queda da Alimentação na residência foram os Alimentos in natura que apresentam nova e expressiva queda – neste caso, de 9,01% -, após outra redução também significativa na quadrissemana anterior (-5,47%). Os Alimentos industrializados também apresentaram a quinta queda consecutiva (-0,16%) e somente os Alimentos em elaboração primária apresentaram alta neste período: 1,42%.
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Quando considerado o subgrupo Alimentação fora da residência, o item Alimentação em restaurante apresentou elevação de 2,02%, acelerando em relação ao período anterior (1,27%), e o item Bebidas em bares e restaurantes apresentou a terceira queda consecutiva (-0,83%), a um ritmo maior do que o observado na quadrissemana anterior (-0,32%).
O grupo Produtos não alimentares apresentou variação positiva dos preços nesta quadrissemana: 0,93%. O resultado desacelerou em comparação com a prévia semanal anterior (1,27%) e em relação à segunda quadrissemana de junho (0,94%). Segundo o Ipead, esse resultado ocorreu devido à desaceleração de preços médios dos subgrupos Habitação (1,12%), Pessoais (0,90%) e Produtos administrados (0,86%) e de todos os itens que compõem esses subgrupos.
Em termos dos produtos e serviços específicos que se destacaram neste período, as maiores variações positivas na inflação foram registrados na Tarifa de energia elétrica residencial e Plano de saúde, que apresentaram crescimento do preço médio, respectivamente, de 4,62% e 3,34%. Já as maiores quedas ocorreram em Tomate (-36,09%) e Batata inglesa (-11,42%).
Inflação: Preços ao Consumidor Restrito em Belo Horizonte
O Ipead também calculou o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) de Belo Horizonte, que considera os gastos das famílias com renda de até cinco salários mínimos. No período, o índice experimentou alta de 0,53% nesta segunda medição de julho, também desacelerando em relação à quadrissemana anterior (0,69%). Enquanto no ano, o IPCR já acumula crescimento de 5,52% e aumento nos últimos doze meses de 6,11%. Frente ao mesmo período do ano anterior, o IPCR também acelerou, pois havia sido de -0,18% na mesma época de 2023.
Neste caso, a inflação da Alimentação como um todo no IPCR apresentou variação negativa de 0,61% e o subgrupo Alimentação na residência apresentou queda consecutiva (-2,03%) no período. O maior aumento observado foi de 2,54% nos preços de Alimentação em restaurante, componente do subgrupo Alimentação fora da residência. Destaca-se ainda a queda de 10,66% no item Alimentos in natura, de 0,54% em Bebidas em bares e restaurantes e de 0,23% em Alimentos industrializados.
O grupo Produtos não alimentares apresentou alta de 0,88 %, com o item Artigos de residência tendo sido o que mais subiu em comparação com a quadrissemana anterior, com elevação de 1,51%.
Por fim, em relação à contribuição de produtos específicos para a alta do IPCR, a inflação da Tarifa de energia elétrica residencial, Lanche e Automóvel usado foram os maiores destaques. No sentido oposto, os itens que mais contribuíram para segurar o crescimento do IPCR foram os preços médios do Tomate, da Batata-inglesa e da Cenoura vermelha.
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