Inflação em Belo Horizonte inicia junho em aceleração

A inflação em Belo Horizonte começou acelerada em junho, com o indicador que mede o índice na Capital mineira apresentando uma elevação de 0,26% na primeira medição deste mês, referente à primeira quadrissemana de junho ante a anterior, quando o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou alta de 0,05%. Os principais fatores que elevaram a inflação a este patamar neste início de mês foram a tarifa de energia elétrica, que aumentou 4,79%, e a refeição fora de casa, com elevação de 2,70%.
A pesquisa, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) apontou também que, na comparação ao apurado no mesmo período do mês de abril (0,42%), o indicador desacelerou. O mesmo ocorreu em relação ao mesmo intervalo de 2024, registrando desaceleração, pois o IPCA havia apurado alta de 0,77%. Entretanto, em 2025, o IPCA de Belo Horizonte registra um aumento acumulado de 3,98% e, nos últimos doze meses, a alta é de 6,79%.
Segundo o gerente de pesquisa da Fundação Ipead, Eduardo Antunes, os impactos de qualquer aumento são bem significativos no bolso das pessoas, principalmente quando se fala de inflação, que mexe diretamente na renda da população em geral.
“A tarifa de energia elétrica impacta a população como um todo e, principalmente, as pessoas de baixa renda, pois é um aumento de um produto que você não tem como substituir. A refeição fora de casa também faz parte do dia a dia das pessoas, não apenas das pessoas que trabalham fora, pois muitos se alimentam na rua constantemente e sentem bastante esse tipo de reajuste. E isso impacta demais no orçamento cotidiano”, destaca.
O gerente aposta em alternativas para tentar fazer com que a inflação em Belo Horizonte seja menos sentida no bolso da população. “É viável tentar diminuir o consumo de produtos que gerem bastante energia elétrica, como por exemplo, diminuir o tempo de banho para que o gasto seja menor, utilizar o ferro de passar roupa de maneira mais constante sem ficar naquele famoso liga e desliga, estas podem ser ações para reduzir os custos com energia elétrica. Muitas pessoas também assinam energias alternativas para tentar equilibrar o orçamento no final do mês. Manter esse equilíbrio é um exercício constante da população como um todo”, avalia.
IPCR de Belo Horizonte aumentou 0,3%
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) de Belo Horizonte, que considera os gastos das famílias com renda de até 5 salários mínimos, experimentou alta de 0,30% nesta primeira semana, acelerando em comparação à quadrissemana anterior, quando houve alta de 0,21%, e desacelerando em relação ao mês anterior (0,33%). No mesmo período do ano anterior, o IPCR havia sido maior (0,97%). No ano de 2025, o IPCR acumula crescimento de 3,79% e, nos últimos doze meses, de 6,40%.
De acordo com Antunes, alguns produtos ajudaram a segurar um pouco a inflação em Belo Horizonte em junho. “A gasolina comum apresentou queda de 3,97%, as excursões 2,14%, e o vidro, 10,54%. Mas destacamos também que a alimentação como um todo subiu 0,33%, apesar de a alimentação na residência ter caído nesta primeira medição em 1,20%, puxado principalmente pela retração dos preços dos alimentos in natura, em 5,84%. Entretanto, a alimentação fora da residência acabou puxando esse indicador para cima, subindo 2,16%”, analisa.
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