Inflação de Belo Horizonte tem desaceleração em fevereiro

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte subiu 0,69% na segunda quadrissemana deste mês, aponta a pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). Houve desaceleração tanto em relação à quadrissemana anterior, quando a inflação registrou alta de 1,81%, quanto em comparação ao mês anterior (1,51%).
Em relação ao mesmo período do ano anterior, também foi apurada desaceleração. O IPCA havia registrado alta de 1,20% na segunda medição de fevereiro de 2024. O IPCA da capital mineira apresenta um aumento acumulado de 2,21% em 2025, enquanto nos últimos 12 meses a alta chegou a 7,01%.
O grupo Alimentação, como um todo, apresentou alta de 0,11% no custo médio na segunda quadrissemana de fevereiro de 2025, desacelerando tanto em relação à quadrissemana anterior (0,27%), quanto ao mesmo período do mês anterior (1,88%). Essa desaceleração ocorreu devido ao movimento de queda da Alimentação na residência (de 0,26% para -0,55%).
No subgrupo Alimentação na residência, dois dos três itens apresentaram queda nesta quadrissemana. O item Alimentos in natura apresentou sua primeira queda (-0,37%), após variações positivas nas quadrissemanas anteriores. O item Alimentos em elaboração primária teve queda de 1,63%, apresentando maior ritmo de diminuição dos preços em relação à quadrissemana anterior. Já o item Alimentos industrializados, apresentou alta de 0,04%, desacelerando em relação às semanas anteriores.
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Já o subgrupo Alimentação fora da residência apresentou alta de 0,89%, o que representa uma aceleração em relação à quadrissemana anterior (0,29%), mas desaceleração em relação ao mesmo período do mês anterior (2,52%). O item Alimentação em restaurante apresentou alta de 1,06% e o item Bebidas em bares e restaurantes, queda de 0,94%, a terceira consecutiva após sucessivas elevações.
Habitação
O grupo Produtos não alimentares apresentou variação positiva de 0,81%. Esse resultado ocorreu devido à alta de preços médios de todos os seus subgrupos: Habitação (1,47%), Pessoais (0,36%) e Produtos administrados (1,37%). Porém, somente no subgrupo Habitação houve aceleração do crescimento dos preços médios em relação à quadrissemana anterior.
Em termos dos produtos e serviços específicos que se destacaram neste período, as maiores altas ocorreram em mensalidade do curso superior (7,71%) e tarifa de ônibus urbano (4,49%).
s maiores variações negativas de preços médios foram em maçã gala e ingresso para jogo, que apresentaram diminuição do preço médio, respectivamente, de -19,26% e -19,15%.
Considerando a importância relativa de cada produto e serviço na composição do IPCA, as maiores contribuições para a alta da inflação foram empregado doméstico, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e tarifa de ônibus urbano, que puxaram o índice geral para cima, respectivamente em 0,23, 0,12 e 0,12 pontos percentuais.
Já as maiores contribuições para segurar a inflação na Capital foram das excursões (-0,23 p.p.), ingresso para jogo (-0,05 p.p.) e maçã gala (-0,04 p.p.).
IPCR avança 0,77% com pressão da alimentação fora de casa
Já o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) de Belo Horizonte, que considera os gastos das famílias com renda de até cinco salários mínimos, avançou 0,77% na segunda medição de fevereiro, desacelerando em comparação à quadrissemana anterior em que houve alta de 1,40%.
No mesmo período do ano anterior, o aumento do IPCR havia sido maior (1,12%), portanto também houve desaceleração na comparação interanual. No ano de 2025, o IPCR acumula aumento de 2,10% e, nos últimos 12 meses, de 6,55%.
A inflação da Alimentação como um todo no IPCR apresentou variação negativa de 0,11%, contribuindo com -0,02 p.p.. O subgrupo Alimentação na residência apresentou queda (-0,63%) nessa medição de fevereiro. O maior aumento observado foi de 0,83% nos preços de Alimentação em restaurante, componente do subgrupo Alimentação fora da residência. O item Alimentos in natura apresentou a maior queda (-2,07%) nesta quadrissemana. O grupo Produtos não alimentares apresentou alta (1,04%), contribuindo com 0,79 p.p.. A maior queda foi em Vestuário e complementos (-1,21%).
Em relação à contribuição de produtos específicos para a alta do IPCR, os itens que mais contribuíram para elevar o crescimento do IPCR foram os preços médios da tarifa de ônibus urbano, Tarifa de água e areia lavada fina que exerceram influência positiva sobre o índice, contribuindo respectivamente com 0,35, 0,08 e 0,07 ponto percentual.
No sentido oposto, os preços da maçã gala, excursões e carne de frango inteiro resfriado foram os maiores destaques, contribuindo, respectivamente, com quedas de -0,10, -0,09 e -0,06 pontos percentuais.
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