Inflação é a maior preocupação do brasileiro, aponta levantamento

A inflação e o aumento do custo de vida continuam sendo preocupação do brasileiro no primeiro semestre de 2025, mas ocorreu uma melhora nas expectativas em relação ao levantamento anterior, de março. A percepção de que os preços estão em elevação, que atingiu um pico de 89% em março, caiu para 83% em junho. A percepção de que os preços continuam aumentando é generalizada em todos os segmentos, mas as mulheres são as que mais percebem o aumento de preços (85%) contra 80% dos homens.
A maior parte dos brasileiros (75%) também avalia que os preços altos estão impactando seu poder de compra de alimentos e outros produtos do abastecimento doméstico. Esses são os itens em primeiro lugar na avaliação dos entrevistados. Em segundo lugar permanece o preço dos combustíveis (30%), seguido pelos gastos com saúde e medicamentos (28%).
Os dados são revelados pela nova edição da Pesquisa Radar Febraban, realizada entre os dias 12 e 20 de junho de 2025 com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País. A pesquisa também apurou as opiniões de cada uma das cinco regiões brasileiras e avaliou temas como expectativas do brasileiro sobre o Brasil e sua vida pessoal, além de suas aspirações de consumo.
O levantamento mostra que, ao mesmo tempo, a percepção com relação à vida pessoal e familiar se mantém praticamente estável em comparação aos levantamentos anteriores, e chegou a 70% de respostas para “satisfeito” ou “muito satisfeito”.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
No balanço do primeiro semestre de 2025, a percepção sobre a evolução da vida pessoal e familiar também é positiva. Segundo a pesquisa, 78% dos brasileiros avaliam que sua vida pessoal e familiar ou melhorou (40%) ou ficou igual (38%). Por outro lado, a percepção de piora, que era de 19% em março, variou três pontos e agora é 22%.
“Um conjunto de notícias negativas nos últimos meses continua afetando o humor da população. Neste segundo trimestre tivemos aumento da taxa básica de juros para 15%, os descontos indevidos nas contas dos aposentados, o crédito ficou mais caro, houve alta na energia elétrica e nos custos de habitação”, aponta o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe.
A Pesquisa Radar Febraban é realizada trimestralmente pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) e mapeia a percepção e expectativa da sociedade sobre a vida, aspectos da economia e prioridades para o País.
Ouça a rádio de Minas