Economia

Inflação na RMBH avança 0,54% em novembro

IPCA foi impulsionado pelos preços de alimentos e bebidas no período
Inflação na RMBH avança 0,54% em novembro
O grupo de alimentação e bebidas apresentou o pior desempenho | Crédito: Alisson J. Silva

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pelo segundo mês consecutivo na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O indicador, que mede a inflação dos produtos e serviços, teve alta de 0,54% em novembro. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A variação mensal foi a terceira maior entre as 16 áreas pesquisadas pelo IBGE, atrás apenas de Goiânia (0,95%) e Brasília (1,03%). No Brasil, o IPCA foi menor (0,41%). Com o resultado, a inflação acumulada do ano na Grande BH chegou a 3,89%. Já nos últimos 12 meses, o índice alcançou 4,67% – o segundo menor resultado entre as áreas de abrangência da pesquisa, à frente somente de Porto Alegre (3,90%).

No 11ª mês do ano, o grupo de alimentação e bebidas foi quem apresentou o pior desempenho, contribuindo para a elevação do custo de vida dos consumidores. Conforme o IBGE, os preços subiram 1,70% e tiveram impacto de 0,38 ponto percentual (p.p.) no índice geral. 

O resultado é consequência, sobretudo, do encarecimento da cebola (33,54%), tomate (31,94%), banana-prata (23,75%), maçã (7,38%), arroz (2,37%) e carnes (1,07%). Os impactos dos itens foram de 0,06 p.p., 0,09 p.p., 0,08 p.p., 0,02 p.p., 0,02 p.p. e 0,03 p.p., respectivamente. Do lado oposto, quem se destacou foi o leite longa vida, com redução de 4,99% e impacto de -0,05 p.p.

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Na avaliação do gerente do IBGE Pedro Kislanov, responsável pela pesquisa nacional, a queda da cebola foi devido a uma redução da oferta nacional, principalmente no Nordeste, mas também em Minas Gerais. Segundo ele, “essa diminuição não foi coberta por importações porque não existe uma grande oferta de cebola no mercado externo”. Já em relação ao tomate, ele afirma que a oferta costuma ser afetada pelo clima e que, nesta época do ano, a safra de inverno já está esgotada. 

Em segundo lugar, aparece o grupo de vestuário, com alta de 1,08%. O maior responsável pelo aumento foi novamente o item roupas, que encareceu 1,42% e teve impacto de 0,05 p.p. Dentre os subitens, a calça comprida feminina foi quem apresentou a maior elevação (3,81%). Já o preço das joias retraíram 2,29%. 

O grupo de transportes vem na sequência com alta de 0,30%. Ele foi influenciado, especialmente, pelos aumentos do etanol (7,82%), seguro voluntário de veículo (4,49%), gasolina (1,77%) e automóvel novo (1,06%). Os impactos foram de 0,05.p.p., 0,04.p.p., 0,09.p.p. e 0,02.p.p, respectivamente. Do lado das quedas, se destacam as passagens aéreas, que baratearam 20,29%, impactando o índice em -0,14 p.p. 

Em saúde e cuidados pessoais, os preços se elevaram em 0,22%. O maior encarecimento foi dos produtos de higiene bucal (3,06%) e sabonete (3%). No entanto, o destaque foi a queda do perfume de 4,50%. 

Ainda outros três grupos apresentaram elevação em novembro, são eles: despesas pessoais (0,15%), educação (0,14%) e habitação (0,02%). Na devida ordem, os itens que mais encareceram em cada um deles foram: serviço de manicure (3,07%), artigos de papelaria (2,47%) e amaciante e alvejante (1,70%).

Dois grupos recuaram

Apenas dois grupos de nove pesquisados pelo IBGE apresentaram deflação no período. Os artigos de residência tiveram retração de 0,30%, influenciado, principalmente, pela queda no preço do computador pessoal de 4,96%. Já o grupo comunicação caiu 0,10%, com destaque para o item aparelho telefônico, que retraiu 2,97%. 

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