Economia

Inflação avança 2,28% em janeiro e eleva preços de produtos e serviços em Belo Horizonte

Apesar de uma nova alta, o grupo Alimentação apresentou desaceleração no custo médio em janeiro
Inflação avança 2,28% em janeiro e eleva preços de produtos e serviços em Belo Horizonte
Foto: Adobe Stock

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte registrou alta de 2,28% em janeiro, segundo dados divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). O resultado representa uma aceleração na inflação com relação a dezembro, quando os preços avançaram 0,49%. Na comparação com a quadrissemana anterior, o aumento foi ainda mais acentuado, de 1,87%.

Na comparação com janeiro de 2024, os resultados também indicam aceleração, que soma 2,12%, enquanto nos últimos doze meses, o avanço chegou a 7,69%. As altas consecutivas no IPCA refletem no aumento dos preços de bens e serviços na capital mineira, resultando na diminuição do poder de compra da população.

Apesar de uma nova alta de 0,75%, o custo médio do grupo Alimentação desacelerou 1,18% em janeiro na comparação com a quadrissemana anterior e 1,44% na comparação com dezembro. A retração foi influenciada principalmente pela alimentação fora da residência, que registrou queda de 1,05% para 0,51%. O segmento de alimentação na residência também apresentou recuo, de 1,29% para 0,93%.

Já os produtos “não alimentares” apresentaram variação positiva de 2,61% no período. Os resultados foram influenciados pelo avanço de preços em todos os subgrupos, como Habitação (1,13%), Pessoais (3,17%) e Produtos administrados (2,42%).

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Na análise de produtos e serviços, as maiores altas foram registradas em Excursões (20,58%) e Tarifa de ônibus urbano (9,61%). Por outro lado, Serviços de Táxi (-13,5%) e Médico (6,73%) se destacaram por apresentar as maiores retrações de preços no primeiro mês do ano em Belo Horizonte.

O economista da Fundação Ipead, Diogo Santos, avalia que o aumento dos preços de produtos, serviços e impostos aliado aos baixos índices de desemprego impulsionaram a alta. “O aumento da renda e salário ajudam a aumentar demanda pelo serviço, o que consequentemente, aumenta o preço”, pontua.

Serviços do subgrupo “Pessoais” também foram avaliados como decisivos para a alta inflacionária. A categoria inclui itens de despesas familiares como manicure, cabeleireiro, eletricista, oficinas mecânicas e mensalidades – algumas com maior demanda em razão da sazonalidade.

Para fevereiro, o economista cita que o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos combustíveis poderão pressionar os preços e alavancar os indicadores inflacionários. “Com o reajuste, a gasolina, que antes ajudou a segurar a inflação, passará a pressioná-la”, avalia.

IPCR de Belo Horizonte acumula alta de 6,76% em doze meses

Também em alta, o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) de Belo Horizonte avançou 1,85% em janeiro, acelerando em 0,27% a alta registrada no mês anterior. O indicador, que considera os gastos das famílias com renda de até 5 salários mínimos, foi alavancado pelos produtos não alimentares, que apresentaram alta 2,13% e pela inflação da alimentação geral, que registrou variação positiva de 0,92% no período.

Entretanto, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o aumento do IPCR foi menor. Em janeiro de 2024, o avanço registrado foi de 2,4% e nos últimos doze meses a alta acumulada somou 6,76%.

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