Inteligência Artificial será como Excel para empresas em três anos, aponta sócio da EY

A Inteligência Artificial (IA) será tão comum nas empresas em um futuro próximo como são as planilhas do Excel hoje. O advento da tecnologia abre um novo mercado de plataformas privadas para que a IA seja utilizada de forma segura.
A aposta é do sócio de Consultoria para Bens de Consumo da EY Brasil, Carlos Fan, a partir de um levantamento da EY sobre desafios e tendências das empresas na América Latina. As companhias brasileiras, por exemplo, avaliam que aspectos de inovação, cibersegurança e tecnologia representam as principais tendências de negócio para os próximos três anos.
Cerca de 88% dos respondentes escolheram “foco na inovação” como a tendência mais importante no futuro, já 84% optaram por “cibersegurança e proteção de dados”. Na terceira posição, com 82% das respostas, apareceu “produtividade impulsionada pela tecnologia”. Além disso, “dados como ativo transversal a toda organização”, “digitalização e indústria 4.0” e “disrupção da IA em novas áreas” foram citados por, respectivamente, 78%, 76% e 75% dos respondentes.
O sócio da EY Brasil aponta para o fato das plataformas abertas de Inteligência Artificial permitirem o uso dentro dos seus termos e condições, o que significa, na prática, que os dados das empresas – que podem ser sigilosos – estarão sujeitos a esses termos.
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Desta maneira, em uma IA aberta, a companhia perde a possibilidade de rastreio e o domínio da propriedade intelectual e das informações. “Com vários dos nossos clientes, temos trabalhado em ambientes de ChatGPT privados, de maneira que eles possam utilizar a ferramenta de maneira segura”, diz Carlos Fan.

Segundo ele, a partir dessa lógica, os ambientes privados de Inteligência Artificial ganharão cada vez mais espaço nas organizações, que precisam não apenas evitar qualquer risco à segurança da informação, como garantir o letramento digital dos colaboradores para maior eficiência.
Esse maior espaço também vai criar um novo mercado de plataformas privadas de IA que podem dar “superpoderes” aos colaboradores das empresas. Carlos Fan afirma que este ano ainda foi de experimento no ambiente corporativo brasileiro, mas que 2025 promete grande evolução no uso da Inteligência Artificial no trabalho.
“Eu diria que, se todas as organizações do Brasil já utilizam planilhas como Excel no seu dia a dia, num futuro próximo, uma IA vai ser como o Excel do dia a dia das empresas. Vai fazer parte da natureza das operações, da rotina dos processos. Isso vai ser quase comum”.
No estudo da EY, a Inteligência Artificial é vista por 88% dos executivos brasileiros entrevistados como a mais importante tecnologia disruptiva nos próximos três anos, seguida da nuvem (84%); Big Data (81%); Análise (79%); e Conectividade 5G (77%). Esses números indicam mudanças em relação à mesma pesquisa do ano passado. Na versão anterior, a IA foi apontada pelos executivos do País como a terceira mais importante tecnologia disruptiva no futuro próximo.
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