Economia

Intenção de Consumo das Famílias desacelera pelo segundo mês

Com queda de 2,1%, desaceleração do ICF no início do ano é vista como previsível devido a despesas como: matrículas escolares, impostos de propriedade e veículos automotores
Intenção de Consumo das Famílias desacelera pelo segundo mês
Foto: Adobe Stock

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) desacelerou pelo segundo mês, com queda de 2,1% em fevereiro em comparação janeiro. Pouco depois de alcançar o seu melhor patamar em dezembro de 2023, com 99,1 pontos, os índices reduziram tanto para as famílias com renda até 10 salários-mínimos, quanto para aquelas com rendimentos superiores, com quedas de 2,3% e 1,4%, respectivamente.

Os dados foram coletados pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), com informações da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O histórico mostra que, apesar de duas quedas consecutivas, o ICF apresentou melhora de 9,8% em relação a fevereiro de 2023.

Para o economista da Fecomércio MG, Gilson Machado, a desaceleração do ICF é um comportamento típico no início do ano. Isso porque, despesas com alto impacto no orçamento familiar como matrículas escolares, impostos de propriedade e veículos automotores podem ter efeitos negativos no consumo das famílias no início do ano.

Machado acrescenta que essa desaceleração no início do ano, vista como previsível, tende a ficar para trás nos próximos meses devido ao ambiente econômico, cujo cenário está relativamente otimista.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


“Ainda enfrentamos alguns índices críticos que compõem o ICF, como o momento dos bens duráveis, acesso ao crédito e nível de consumo. Estes tópicos são dependentes de outras variáveis, e diante disso, tendem a permanecer mais tempo com patamar abaixo da neutralidade, uma vez que requerem melhora orçamentária das famílias e melhora no ambiente de crédito”, destaca.

ICF mostra desaceleração acentuada nos seguintes tópicos:

  • Perspectiva profissional (-7,3%);
  • Momento de duráveis (-5,4%);
  • Perspectiva de consumo (-1,1%);
  • Nível de consumo (-1,0%);
  • Emprego (-0,9%)

Indicadores satisfatórios (acima de 100 pontos)

  • Emprego: 122,3;
  • Perspectiva Profissional: 119;
  • Renda Atual: 109,8;
  • Perspectiva de Consumo: 101,0

Perspectiva de consumo

Na comparação anual, a perspectiva da Intenção de Consumo das Famílias obteve avanços satisfatórios no último ano com crescimento de 16 pontos, saindo de 85 para 101, um crescimento de 18,8%.

Segundo Machado, a melhora nos índices refletem o cenário positivo do ambiente econômico e leva otimismo para o consumo às famílias de Belo Horizonte ao longo de 2024.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas