Economia

Intenção de consumo das famílias tem leve retração em BH, mas expectativas são melhores

Enquanto isso, a tendência é de um consumo maior nos primeiros seis meses de 2025
Intenção de consumo das famílias tem leve retração em BH, mas expectativas são melhores
Foto: Divulgação APAS

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Belo Horizonte diminuiu 0,9 ponto em outubro na comparação com setembro, alcançando 94,5 pontos, diante da média de satisfação no consumo, que é de 100 pontos. A retração do indicador na capital mineira indica uma leve oscilação, observada ao longo dos demais meses do segundo semestre do ano.

No entanto, a pesquisa também mostra que famílias com renda acima de 10 salários mínimos projetam maior consumo nos próximos seis meses na capital.

Os dados são da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias, analisada pelo núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG, e aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

A economista da Fecomércio, Gabriela Martins, explica que a expectativa de consumo entre as famílias perpassa diversos fatores.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


“Um consumidor tende a comprar mais quando há maior confiança no seu emprego, maior disponibilidade de renda e facilidade de acesso ao crédito”, diz.

Segundo a especialista, há, atualmente, um cenário de acesso ao crédito mais facilitado para quem recebe mais de 10 salários mínimos, mesmo que esta ainda seja uma parcela restrita da população.

“Visto isso, a perspectiva positiva dos consumidores pode estar atrelada ao mercado de trabalho aquecido, o que garante confiança na manutenção dos empregos, eleva a renda e, consequentemente, o consumo”, pontua Gabriela Martins.

Consumo das famílias pode ser maior em 2025

Ainda segundo a pesquisa, a perspectiva de consumo para o primeiro semestre de 2025 tem a tendência de apresentar oscilações positivas de 0,1 ponto percentual, elevando, então, este indicador para 104,7 pontos em outubro.

Esse cenário é justificado pelas respostas de 71,6% dos entrevistados, diante das seguintes situações:

  • 39,2% dos entrevistados estão comprando na mesma quantidade
  • e 32,4% estão comprando mais que o comum.

De acordo com a Fecomércio, ambos os grupos de famílias demonstram um nível de satisfação na projeção de consumo no próximo semestre: as famílias com renda inferior a 10 salários atingiram 102,4 pontos, enquanto as de renda superior alcançaram 118,9 pontos.

Nível de segurança do trabalhador na Capital

A pesquisa também monstra que o nível de segurança no emprego permanece satisfatório, acima dos 100 pontos, embora tenha apresentado uma queda em outubro, chegando a 119,4 pontos, na comparação com setembro, que foi de 124,4 pontos.

  • Para 41,8% dos trabalhadores entrevistados, a confiança na manutenção do emprego se mantém igual à do ano anterior;
  • 35,9% consideram a situação atual melhor que a do ano passado;
  • 16,5% expressam insegurança em relação à atual condição.

Em relação à segurança no emprego, as famílias com renda acima de 10 salários são as mais confiantes, pontuando 136,1, comparadas às que possuem renda inferior, que ficaram com 116,8 pontos.

Ao comparar a renda de outubro com a do mesmo mês do ano anterior, 49,2% dos entrevistados afirmam que está igual, enquanto para para 25,2%, a situação está melhor, e para 25,6% houve uma piora.

Essa deterioração é mais sentida entre as famílias com renda inferior a 10 salários, onde 27,8% relatam essa condição, em contraste com apenas 11,5% entre aquelas que ganham acima dessa faixa.

O indicador de renda atual para o grupo com renda superior a 10 salários atinge 118,9 pontos percentuais, enquanto as famílias de menor renda registram 99,6 pontos, resultando em um indicador geral de satisfação em 99,7 pontos, o que significa 2 pontos a menos que em setembro.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas